Mato.
Mato em vida pessoas que não me agregam em nada.
Sem remorço, extirpo da minha existência falsos amigos.
Degolo qualquer lembrança amena que possa fazer o meu coração, derretido de experiências ruins, voltar atrás.
Enchi o saco de bancar a boa samaritana pregando a ilusória política da boa vizinhança.
Não existe ser bacana com quem é sacana.
Fere todo o seu lado honesto, interpretar uma empatia desmerecida.
Como ouvi de uma grande amiga, acaba-se, em contrapartida, matando bons sentimentos em legítima defesa.
Não pretendo continuar levando sensações diversas ao suicídio coletivo.
Desisto!
Quero definitivamente me afastar de pessoas complicadas, ilegítimas, mal resolvidas com si mesmo e com os outros.
Indivíduos que te chamam pelos apelidos mais carinhosos, desfecham o sorriso mais escancarado, mas só te querem mal. Ou, ao menos, não te desejam o bem.
Bang-Bang!
Atiro com meu fuzil emocional na cabeça oca desses sonsos, sem errar o alvo, no melhor estilo la femme Nikita.
Seria possível assim, tais dissimulados adquirirem algum tipo de bom senso ou o mínimo de juízo de valor?
Óbvio que não! O som do tiro não se propaga nas suas mentes, formadas por vastos corredores embaralhados de vácuos imersos na mais profunda solidão, raiva, inveja e ressentimento.
Não compreendem a menor indireta mais direta que se dê a eles.
Não dão o braço a torcer ou baixam a guarda quando você - humildemente - resolve dar uma segunda, terceira chance ao melhor convívio mais próximo possível.
Cansei!
Cheguei à conclusão que tratam-se mesmo de sociopatas, que certamente nasceram desprovidos daquela região cerebral mais importante de todas: da emoção. De onde se origina toda a sensibilidade necessária para se compreender o próximo. Já ouviu falar?
Mas se não entendem nem a si mesmos? Como esperar que tenham o mínimo de transparência nas suas atitudes?
Não sou santa, heroína, não trabalho para a ONU, nem sou uma figura pública, portanto, não estou nem aí para diplomacia.
Olha a minha cara de boazinha...
Guarde bem esse semblante, porque é só isso que terá de mim, daqui em diante: o olhar assassino de quem te matou em vida, sem qualquer ressentimento.
Aqui dentro.
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