sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Ligeiramente "hater"

Coisas que odeio:
- Lembrar que tenho que escovar os dentes quando já estou deitada, quase dormindo;
- Trânsito;
- Não poder mexer as mãos assim que faço as unhas;
- Revezar aparelho na academia. Ok. Super egoísta da minha parte. Mas detesto!
- Se alguém puxar papo comigo assim que levanto. Posso até ter acordado bem, mas fico num mau humor tremendo se a pessoa resolver insistir na conversa;
- Gente pegajosa. Ui!
- Gente que se faz de vítima. Detesto!
- Gente que fala "a nível de". Arrepio!
- Porco que joga lixo nas ruas. E não estou me referindo ao bicho;
- Malandros que furam filas, ou andam de carro no acostamento. Me tiram do sério;
- Lei Seca. Não por apoiar bêbados ao volante, mas por entender que todos os serviços públicos deveriam ser tão eficientes quanto;
- Assistir noticiários. Só tem violência, corrupção e morte;
- Gente que maltrata crianças e animais. Não tem nada que me faça perder mais a cabeça do que isso;
- Mentira, desonestidade, gente sonsa;
- Quando troco de bolsa e percebo que o meu cartão de débito/crédito ficou na anterior, bem longe das minhas compras;
- Gente que não é deficiente nem idoso estacionar em vagas do tipo;
- Aqueles garotos que fazem malabarismo nos sinais. Me sinto trafegando por vias com pedágios opcionais infinitos;
- Pagar IPVA, OAB, IRPF, tributos e taxas em geral, aqui, neste País em que quase nada é revertido para os cofres públicos;
- Passar por viaturas que andam com janelas escancaradas e artefatos bélicos em riste;
- Impunidade. Daí odiar tanto o Brasil;
- Encostar em gente suada. Se for fedida, então... Eca!
- Dar descarga numa privada entupida. Surto!
- Bullying. Sou capaz de agredir quem pratica bullying;
- Preconceito ou covardia de qualquer espécie. Abomino!
- Gente que se mete em tudo que você fala ou faz, principalmente, se a sua opinião não foi solicitada;
- Desordem. Sou muito organizada em tudo;
- Falar com alguém que nitidamente não está prestando atenção;
- Chegar atrasada;
- Política. Existe assunto mais chato?
- Gente que conta todos os detalhes de tudo que aconteceu num fato que poderia ser sintetizado em 3 minutos e a pessoa leva três horas para terminar. Chego a infartar!
- Odeio odiar.
#euarenata


Out-análise


Costumo fazer muita "out-análise". Não, a digitação não saiu incorreta. Quer dizer, sim, faço diariamente auto-análise. Creio ser fundamental se conhecer, estabelecer limites, metas, se entender melhor, para poder se tornar um indivíduo mais evoluído.
Mas também tenho o forte hábito de analisar todo meu exterior.
Chamo de "out-análise". Análise de fora, do "pra fora."
Procuro desvendar os sentimentos mais truncados que alguém tente passar, sem que perceba o quão artificial está agindo.
Para manter as aparências, tem gente que sustenta qualquer bandeira. Mesmo que furada.
Acaba sendo uma furada.
Sujeitos que ditam algo inversamente proporcional ao que a sua linguagem corporal está proclamando.
Alguns até conseguem passar ilesos dessa explícita desconexão entre mente e corpo. Seres articulados demais, até, dissimulados, quiçá.
Mas quem se enquadra na média, se denuncia, já que existe uma janela que nunca se fecha: a da alma.
E por mais que o indivíduo insista ser o maioral, seu olhar vazio o desmente.
Por mais que declare ser referência em matéria de confiança, sua energia diz exatamente o contrário.
Por mais que grite ser uma inabalável fortaleza, seu espírito chora, suplicando uma trégua na eterna encenação de gladiador.
É aquele que certamente chora pelos cantos para ninguém testemunhar, pois entende que é algo para se envergonhar.
Só que não. A alma precisa chorar, para se lavar e se renovar.
Pratico a out-análise não com o intuito de desmascarar publicamente sentimentos escancaradamente encobertos.
Aprendi que mais vale um aparentemente errado feliz, do que um forçado sabe tudo, só.
Finjo não perceber a ilusão que a pessoa tanto se esforça em pregar, cheia de razão. Tentando aprimorar a empatia pelo outro, independente de ter ou não razão.
Não quero provar o meu ponto.
Ou ser a melhor.
Nem confrontar alguém que sofre calado.
Quero respeitar.
Aprender a mudar o jeito de interagir com quem acredita que não precise mudar.
Mudemos pela pessoa.
De fala muda, que grita no vácuo da sua solidão interior, por atenção.
Solidários, sejamos o seu ouvido surdo. Rouco, de tanto escutar.
Observe, é só isso que o seu corpo confuso pede: de fora pra fora.
#euarenata

Tudo ele pode


O poder do amor nunca deveria ser subestimado.
Seu poder renovador.
E poder destruidor.
O amor cega.
Na mesma proporção em que abre os olhos para tudo.
Que se vê colorido.
Que se enxerga sombrio.
O amor eleva.
Mas muitas vezes derruba.
O amor engrandece.
Emagrece.
O amor é puro.
E sujo.
Pode ser sadio.
Como doentio.
O amor pode te melhorar em todos os aspectos.
Como também trazer à tona a pior versão de si mesmo.
O amor é carente.
O amor é indecente.
O amor tem pressa.
Mas cai na rotina.
O amor rejuvenesce na mesma intensidade que envelhece.
O amor perdoa.
O amor não tem hora.
O amor machuca.
O amor também cura.
O amor fortalece.
Mas também enfraquece.
O amor distrai.
Mas também trai.
Sentidos.
E o pior: confiança.
O amor é tudo de que se precisa.
Só que não é preciso.
Amor é questão de percepção.
Pode libertar.
Como atrapalhar.
Um amor não se cria sozinho.
Precisa de dois para propagar.
Quaisquer de suas vertentes.
E diante de tantas experiências vividas, aprendi a apostar na melhor versão investida: meu amor por você.
#euarenata


Da mesma fôrma



Como dizem por aí, filho de peixe.... 
Todos os dias quando boto o pé dentro do carro, Lucas pede para eu colocar a música "Californication" do Red Hot Chili Peppers para escutarmos durante o trajeto. 
Por incrível que pareça, ele soletra exatamente como se fala, e quando a música acaba, exige que eu deixe rolar as trilhas sonoras seguintes do meu IPhone, pois, segundo sua a sincera opinião, a JB FM, "só tem música triste". Concordo. Mas fazer o quê? Diante da morte súbita da "FM 102.9 - Rádio Rock", é a única estação que deixo tocar no som do meu carro, por considerá-la a menos pior de todas. E acabo não a escutando mesmo, a não ser que esteja dirigindo completamente "no automático". 
Enfim, em função do meu já conhecido gosto musical, às vezes, pego o Lucas cantarolando pelos cantos, além da canção citada acima, as cifras de "Camila, Camila" do Nenhum de Nós, "Come as You Are" do Nirvana, "Creep" do Radiohead, e por aí vai, outras tantas melodias que seguem na sequência do Californication. 
Com três anos, ao menos no meu carro, ele se recusa a escutar qualquer gênero musical que não seja rock. Não tenho culpa se precocemente já adquiriu um gosto refinado pela música. Rs... 
Brincadeiras à parte, estávamos no meu carro escutando pela milésima vez "Californication", e ele, como de costume, cantando junto com a letra, e eu dirigindo em silêncio. Porque quando me atrevo a acompanhá-lo, ele me proíbe. "_Só o Lucas pode" - sustenta, meu "tirano mansinho do bem". Rs... 
Só que hoje, por acaso, escapuliu e comecei a cantar junto com ele. Quando percebi o meu equívoco, antes que reclamasse, imediatamente parei. Surpreendentemente, ele retrucou a minha atitude, argumentando: "_Mamãe, pode cantar. O sinal tá verde!". Intrigada, questionei rindo: "_Mas o que tem a ver o sinal estar verde e eu poder cantar Lucas?". Então essa criança responde assertivamente, do alto da sua sapiência: "_Ué, só não pode cantar quando o sinal estiver vermelho. Aí você tem que parar. Que nem o carro".
A tal - incrível - lógica infantil. Tem como não se encantar?

#euarenata

Ouse

 
#Dare2BeDifferent. Sobre esse quadro que me acompanha há quase 30 anos. 
Foi amor à primeira vista, tão logo o avistei na loja.
Não somente pelos dálmatas obviamente fofos da fotografia.
Mas por todo peso que carrega em seu simbolismo.
Que ainda, criança, claro, não poderia compreender toda a extensão dessa poderosa frase: "Ouse ser Diferente".
Mas que aos 34 anos de idade, tais palavras se tornaram uma bela tatuagem. De tanto que me representam.
Sou igual, mas um ponto fora da curva.
Sou diferente, mas amo, sofro como qualquer um.
Tento ser um colorido, no meio de tanto preto e branco.
Autêntico, dentre tantas ações programadas.
Ser você mesmo, quando todos os demais quiserem ser outros que não sejam si próprios.
Sempre fui o que fui sem medo de ser. 
Nunca puxei saco para ganhar amizade ou emprego.
Quem gosta de mim, gostou de cara. Quem não gostou, provavelmente não irá gostar. Pois aqui, ninguém irá mudar.
Qualidades, defeitos, se mostram continuamente, mais evidentes, principalmente com passar do tempo. Mas a essência? Continua a mesma.
Diferente entre tantos iguais.
Em torno de tanta previsibilidade. 
Não à toa que ao encontrar amigas de todas as minhas idades, agimos como se tivéssemos acabado de nos ver no mesmo dia, mesmo que, anos depois.
Pois nos reconhecemos nas nossas diferenças. 
Que inicialmente nos juntou.
E nos manteve unidas.
Diferenças, sempre admiradas.
Acima de tudo, respeitadas.
Garotas com personalidade.
Firme. Não necessariamente, forte.
Tem coisa pior do que a pessoa se achar a líder e querer ditar as suas manias? Maneiras? Para suas supostas amigas? 
Os famosos clubes das "luluzinhas". Eca.
Nunca obedeci ninguém. Nem mandei em ninguém.
Pois quem é amigo? Acompanha. De perto. Ao lado.
Todas as diferenças que se complementam. 
Tem tirano que acha que é líder. 
Forçando diferentes a se tornarem iguais.
Mas líder inato não precisa impor ou competir com ninguém. Pois os outros o acompanham pelo que ele é.
Nunca o seguem, entendem?
Pois somos iguais, porém diferentes.
Iguais, na nossa humanidade.
Diferentes, nas escolhas.
Nunca o inverso.
Tem que ter peito para ser diferente.
E ganhar respeito.
De graça.


Esquizofrenia mental


Minha cabeça não para.
São pensamentos de todo o tipo sendo sussurrados aos sete ventos,
Na minha alma,
No meu coração,
Nos meus sentimentos que sentem de verdade todo o peso da realidade.
Realidade presente,
Realidade paralela,
Quem nunca se sentiu vivendo fora do corpo?
Como se atendesse mecanicamente comandos do além.
Fazendo o que se sabe ser certo.
Agindo como esperam.
Maquiando, além de fora, tudo por dentro.
Enchendo um vazio com mais solidão.
Nem tudo é perfeição.
E antes que céticos que não se permitem dizer serem curiosos desconfiem, sim fico triste por muitas vezes, por motivos que nem desconfio. 
Não há uma razão em específico. 
Não se trata de depressão.
Nem de bipolaridade.
Nem TPM.
Um pouco, talvez, de ataque de ansiedade enrustida.
Pois absorvo involuntariamente tantas cenas, comportamentos, conversas ao meu redor...
Meu Deus, como existe tanta falsidade, volatilidade, futilidade. Como pode?
Então uma angústia de origem não identificada me aflige vez ou outra...
Me abro de dentro pra fora agora, porque desafio o mundo. Que vive de encanto. Do seu canto, divulgando amenidades para os quatro cantos de todo o resto do mundo.
Como pode? A minha voz interna indaga. Como pode haver tantos artifícios de alegria inventada que se sustentam na vaidade dos olhos de outros que se agarram em tudo que não seja a sua própria vida.
Questionamentos fuzilam a minha mente, dia e noite, tentando me fazer responder o por quê de tudo que não faz sentido.
E que nunca fará. 
Elucubrações que me atormentam.
Não compreendo.
Porque pessoas mudam.
Sentimentos vivem mudando.
E a vida que... Segue.
Isoladamente desgovernada.
Imundamente asseada.
Antagonicamente deslavada.
Complicado tudo isso.
Poucos entenderão.
Poucos absorverão.
A dificuldade que é de se ler sua própria mente.
Imagine, então, dos outros?
Não tente entender o que pensam de você.
Pois, veja bem, meu bem: nem você se entende.


Disse tudo


"Não se preocupe em ser um homem com êxito, e sim com valores" (Albert Einstein).
Pois o resto virá naturalmente.
Acredito nessa premissa, piamente. Incontestavelmente.
Cada vez mais, com o passar do tempo.
Não se deve buscar o sucesso acima de qualquer valor.
O dinheiro nunca deveria prevalecer sobre o amor:
A si mesmo;
Aos outros,
À família,
À saúde,
À profissão,
Pois, no fundo, só causa dor.
Vazio.
O mal do mundo não é o dinheiro.
É o amor a ele.
A algo que, sim, traz conforto.
Mas nunca:
Trará felicidade,
Amigos de verdade,
Êxito.
O êxito é um resultado bem sucedido.
Para se alcançar o êxito tem que se fazer o bem.
Para si mesmo.
Para tudo.
Para todos.
Não há como ser bem sucedido sendo do mal.
Aparentemente, sim.
Mas no interior? Nunca haverá paz.
Pois sempre existirá um conflito interno, entre o bem e o mal. O anjinho e o diabinho.
Um te elevando,
O outro te afundando.
Tudo, é uma questão de tempo.
O que se ganha rapidamente, se perde mais rápido ainda.
Pois conquistas?
Se perdem de vista, até alcançá-las.
Pode demorar, mas quando acontece?
Existe um alicerce.
Uma estrutura que te segura: o valor.
O dinheiro não vale nada nas mãos de quem é desprovido de valor.
O dinheiro, já sujo, se torna imundo.
E não se compra valor com ele.
Valor é qualidade, que desperta admiração alheia.
É talento,
É coragem,
É ser respeitado.
Por si,
Pelos outros.
É o caminho despretensioso,
Consistente,
Do êxito.
Já dizia o gênio.
#euarenata

Descabelando a palhaça


Sou daquelas que adora fazer piada de si mesma. 
Adoro uma palhaçada inusitada.
Adoro me surpreender, surpreendendo os outros.
Positivamente, lógico.
De negativo, o mundo tem muito.
De positivo, também.
Só que é muito mais fácil ser triste num mundo infeliz, do que ser alegre num mundo perdido.
É menos desafiador desistir.
É menos problemático jogar a toalha.
É menos trabalhoso deixar de amar.
É menos cansativo ser morno.
Quero ver:
Fazer rir, até se esvair.
Abraçar, até esmagar.
Amar sem medida,
Acreditar sem cansar,
Elogiar até cansar,
Dar valor,
Dar calor,
Agradecer, sem pudor!
Agradecer por simplesmente estar aqui!
Fazendo palhaçada, que vida mais engraçada!
Se eu fosse cabeluda, seria assim, ó!
Perda de tempo?
Nada!
Tô angariando alegria!
Aceito doações!
Quanto mais se doa,
Mais se contagia,
O dia de alguém que acreditava de menos não poder doar de mais,
Seu coração,
Que tudo que mais precisava,
Era de um sorriso amigo,
Para se sentir bem vivido.
Muito bem-vindo!
Que minha singela palhaçada, torne sua percepção repleta de ilusão,
Ilusão boa,
Que faz sonhar,
Acreditar,
Realizar,
O seu presente, que será meu presente,
Embrulhado de risos.
Mas que belo sorriso, você tem!
Acredite.
#euarenata


Jingle Bells



Desde começo de novembro estamos em clima de Natal, mas só agora consegui parar para fotografar detalhes da nossa decoração. Na moldura de colagem do aplicativo não couberam todas as fotos que tirei, já que foram muitas.
Aqui a gente leva a sério enfeitando absolutamente todos os cantos possíveis. Fazendo qualquer um se sentir no Pólo Norte tropical.

Remetendo, de lambuja, à minha infância, passada em país de clima bem frio, o qual me relembra, em especial, da neve. 
A neve é incontestavelmente mágica para qualquer criança.
Vê-la caindo devagarzinho pela janela, toda translúcida, acomodando-se lentamente nos galhos de um majestoso pinheiro. Ou mesmo senti-la na imaginação, na minha opinião, não existe nada mais natalino do que a neve.
A lareira acesa com as meias temáticas penduradas, apenas aguardando o momento certo de serem abastecidas com as mais diversas prendas, guloseimas.
Ah, e a árvore? Simplesmente impera! O centro de tudo, enfeitada com todo tipo de penduricalho, brilho, alegria. 
Presentes que a cercam deixando mais do que presente o clima de troca e solidariedade.
É a época do ano que mais admiro. 
Que mais me envolvo. 
O Natal, que permite a minha criança interior que nunca adormeceu voltar ainda mais fortalecida, vívida. Ainda mais agora, através dos olhos de outra criança de verdade, meu filho.
Não há satisfação maior do que testemunhar todo seu lado inocente, lúdico.
Ao escrever a carta para o Papai Noel. Juntos.
Ao tirar a tão manjada foto com o Papai Noel. Juntos.
Ao juntar brinquedos e roupas usados (ou não) para dar aos que realmente precisam. Juntos.
Ao comprar os presentes de amigos e familiares. Juntos.
E ao passar esse momento tão especial, juntos. Na melhor companhia: em família.
Um viva ao Natal, que nos faz agir melhor com tudo, despertando uma versão ainda melhor de nós mesmos, além do Natal.

A primeira colocada


Família, em primeiro lugar.
Sempre.
Mas o que realmente determina uma família?
O sangue?
Ou a convivência?
Às vezes, ambos calham de coincidir.
Muitas vezes não.
Por vezes, o sangue da família é frio, ou não se mistura.
Muitas vezes escolhemos a própria família. Não necessariamente pelo mesmo sangue.
Mas pelo abraço quente.
Pela mistura, sem mimimi.
Pelo olhar sincero.
Pelo mau humor que existe.
Pela alegria que persiste.
Principalmente pelo próximo.
Infeliz é aquele que não se sente infeliz pela infelicidade do outro.
Parente ou não, certamente deixa a desejar em matéria de empatia.
Ser humano não predispõe tê-la.
Até macacos, passarinhos, cachorros são mais sensíveis do que muito (ser que não é) humano por aí.
Família, sendo de sangue ou não, se escolhe.
Podemos nascer na família mais perfeita de todas, mas se faltar amor, união, atenção, tal composição redundará no seu próprio conceito ditado pelo dicionário: grupo de pessoas ligadas pela mesma ancestralidade. Que vivem sob o mesmo teto.
Algo tão distante, mesmo morando sob o mesmo teto, ainda que ligadas pela mesma árvore genealógica.
Família é quem te liga sempre.
Quem passa por cima do orgulho ferido, acima de tudo.
Família é seguir os mesmos princípios e valores, de forma honesta, coesa.
Família é ter cerimônia até certo ponto, para se manter o convívio saudável. Não pode faltar, ao ponto de se tornar inconveniente, nem transbordar, ao ponto de não se fazer transparente.
É tratar com respeito.
É se preocupar: para onde vai, que horas volta, com quem vai.
É não jogar nas mãos de Deus, o desígnio que deveria ser exercido por si mesmo: como mãe, pai ou filho. Como família!
Família é perdoar, pois se sabe o seu real valor: não tem preço.
Imperfeita, mas eleita, porque é onde você se encontra quando está perdido.
Pois é acolhido.
Ouvido.
Por quem sempre irá lhe amar, em qualquer circunstância ou lugar.
Família são pessoas que vivem ou não sob o mesmo teto, independente de sua ancestralidade.
Família são indivíduos que sempre serão próximos, mesmo separados - pelo sangue ou não.
#euarenata 


quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Original 90's


From the series #livethepresent, I decided to give me as a present this treat that I so appreciate: retro roller blades! For those whom might not know, I started to rollerskate when I was around 4 years old, and is pretty much like riding a bike: once learned never fogortten! I always preferred four wheel roller skates to the inline ones, so now I can only make this hobby by which I always have been passionate, a habit. Who will come along with me? -- 

Da série #vivaopresente decidi me dar de presente esse mimo que tanto aprecio: patins retrô! Para quem não sabe, comecei a andar de patins com uns quatro anos de idade, e é que nem andar de bicicleta: uma vez aprendido nunca esquecido! Sempre preferi o de 4 rodas ao inline, então agora só me resta tornar esse hobby pelo qual sempre fui apaixonada, um hábito. Quem vai me acompanhar? 


Força Chape


Um dia estamos aqui. Vivendo. E no outro, do nada: desaparecemos.
Prefiro me convencer de que simplesmente sumimos desse plano, com o propósito de reaparecer num outro mais evoluído.
Desapegado de vaidade, de materialidade.
Viramos um ponto de luz numa constelação de almas incontestavelmente iguais, integralmente unidas.
Pela nossa já presente energia, que passa a ser propagada pelo espaço que abre caminho para nosso interior brilhar livremente, assim que nos desvencilhamos do peso do nosso corpo.
Um fardo para quem fica. Enterrar, cremar um corpo.
Pessoas choram por ele, pelo ser que não é mais. Cuja vida se foi: daqui. Sem nos ser concedido qualquer tipo de aviso prévio.
Quero acreditar que tudo continua, só que num outro lugar. Daí minha relutância em publicar uma tela toda preta, fazendo alusão a luto. Me remete à escuridão.
E quero crer que ao esvairmos fisicamente desse plano, tudo que vemos espiritualmente é luz.
"Just Live", diz a foto aqui representada na tatuagem de um batimento cardíaco. Nosso relógio vital. Que determina o quanto viveremos por aqui.
Quando para, para tudo.
Só que o coração não dita como iremos viver. Apenas viva, sugere a foto.
Viva. Não sobreviva.
Sobreviver é viver aquém do que a vida pode proporcionar.
É subestimar sua fragilidade.
É desvalorizar seu bem mais precioso.
Só de abrir os olhos e (re)começar o dia? Viva.
Só de poder sorrir ou chorar? Viva.
Só de poder abraçar ou beijar?
Viva.
O agora. Cada batimento cardíaco.
Mas não viva como se fosse morrer amanhã, com pressa de fazer tudo ao mesmo tempo. Nem tão devagar, com desdém, como se fosse viver para sempre.
Não se preocupe em ser o mais rico do cemitério,
Ou o dono da razão do necrotério,
Nem o defunto mais sarado.
Apenas, viva. O melhor de si.
O melhor do agora.
Na (sua) melhor companhia.
Pois como dizia Charles Chaplin: "A única coisa tão inevitável quanto a morte, é a vida".
#euarenata 

Enxergar


Há quem nunca tenha visto a neve.
Quem nunca tenha visto o mar.
A cor cintilante de uma bolinha-de-sabão.
Há quem nunca tenha visto a barriga da gravidez crescer.
Quem nunca tenha visto o seu filho crescer.
Quem nunca tenha visto uma floresta.
Uma cachoeira.
O desabrochar de uma flor.
O desabrochar da superação.
A aurora boreal.
Há quem nunca tenha visto o amor.
Há quem nunca tenha visto o paraíso.
A alegria num olhar.
Há quem nunca tenha visto a beleza no simples.
Há quem nunca tenha visto a beleza no interior.
Há quem nunca tenha visto um amigo num desconhecido.
Um inimigo no próximo.
Até hoje ninguém viu unicórnio, duende.
Quem nunca tenha visto a fé.
Quem nunca viu um anjo de verdade.
E há quem nunca tenha visto nada, de verdade.
Talvez, por ser cego de verdade.
Ou por não querer enxergar a sua cegueira, na própria verdade.
O pior cego não é aquele que é deficiente,
É o que vê perfeitamente, mas opta por não enxergar nada à sua frente.
Talvez por querer de verdade?
Porque o que os olhos não veem, o coração não sente.
Quem não viu, então nunca sentiu.
E quem viu, mas nunca sentiu, é porque nunca realmente enxergou.
Tem cego que sente mais do que gente que prefere enxergar de menos.
Nada pior do que já ter visto as sete maravilhas do mundo:
Olfato
Visão
Paladar
Audição
Tato
Sentimento
Instinto
E não querer enxergar que elas existem.
#eurenata


quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Rico Mico


Adoro fotos que inspiram liberdade, energia, micos.
Sim, micos, gorilas, macacadas de todo tipo.
Ao contrário de muitos, não me diminuo ou me envergonho - no sentido da palavra de se sentir humilhado - quando pago "micos".
Por vezes, já passei vexames, conscientemente.
Dançar que nem doida. Pular, imitar toscamente o Michael Jackson, Madonna.
Falar alto. Adoro falar alto. Mais ainda quando alguém me manda falar baixo. É o mesmo que me pedir calma quando estou nervosa. Não me provoque se não quiser ficar surdo.
Brincar como criança de verdade com o meu filho. Sem medo de demonstrar todo o meu lado lúdico e infantil. Até ele pede para eu maneirar, de vez em quando, tamanha a intensidade que coloco na brincadeira.
Demonstrar afeto, amor. Tem gente que entende que mostrar afeto demais é pagar mico. Eu não. Abraço forte, admiro publicamente, digo que amo, amo, amo. Muito! Marido, filho, família e amigos queridos, repito, sem qualquer resquício de vergonha, com todo o meu afinco: AMO VOCÊS! E sintam-se esmagados pelo meu abraço de urso - nunca de mico - sempre.
Não fico nem um pouco incomodada em externar derrotas. É muito fácil discorrer sobre vitórias mil. Quero ver declarar que já foi demitido, levou chifre, foi enganado, ficou deprimindo, se achou feio, teve medo, chorou, se sentiu sozinho. A vulnerabilidade encanta, porque se transpõe ao indivíduo, é humano falhar. O importante é não se deixar abalar e se reerguer sempre.
Não sinto qualquer tipo de desconforto em rir de mim. Pelo contrário: é uma forma de realizar continuamente minha frágil condição. Meus limites. E derrotas, que posteriormente encontram inevitáveis conquistas.
Meus micos que viram lembranças engraçadas.
Momentos que se tornam combustível vitalício para a felicidade.
Rio na desgraça, antecipando a graça que está por vir.
Risos com lágrimas de tristeza que se convertem em gargalhadas de alegria.
Em macacadas que cismam em me acompanhar, porque eu teimo em dar uma banana para quem ouse querer me impedir de ser feliz.
Não se pode culpar terceiros por não se sentir feliz.
A felicidade está no sorriso que quer se libertar, mas o seu dono acha que é pagar mico se deixar levar. 

#euarenata

Playlist #2



Aquela que gosta só um "pouquinho" de rock, tattoos, caveiras e afins... 😍🎸💀🌹

Em um post anterior compartilhei uma sequência de rocks preferidos, como sugestão para tocar os ouvidos de quem também aprecia o referido gênero musical. 

Caso não tenha visto ainda e tenha interesse, dê uma espiadinha através do #euarenataplaylist1. Na ocasião, prometi publicar uma próxima.

Eis o resultado da nova compilação: 

- Para desfrutar o momento: "Encore" - Red Hot Chili Peppers
- Para quem gosta de vampiros: "Cry Little Sister" - Aiden
- Para a autoestima: "Dog Days are Over" - Florence + Machine
- Para relembrar os anos 80 - "Legal Tender" - The B-52's
- Para cantar no chuveiro: "Alive and Kicking" - Simple Minds
- Para sensualizar: "Blue Jeans" - Lana Del Rey
- Para não sair do clichê: "Smells Like Teen Spirit" - Nirvana
- Para chorar: "Hello" - Evanescence
- Para escutar alguém que sabe cantar rock: "Black Hole Sun" - Soundgarden
- Para se desligar: "Letting the Cables Sleep" - Bush 
- Para radicalizar: "Killing in the Name" - Rage Against the Machine
- Para colocar para fora: "Shout" - Tears for Fears
- Para quem surfa: "How soon is now" - Morrissey
- Em homenagem ao Rio - "Welcome to the Jungle" - Guns' n Roses

That's it, ma' babes!😎🤘

Até a próxima!

Brava Mulher


Li um artigo o qual proclamava que ao contrário do que se pensa, relacionar-se com uma mulher brava era comparado a ganhar na loteria do amor.

Sim, uma mulher nervosa, irritada.


Porém, corajosa, destemida.


Daquela que luta pelos seus ideais, princípios.


Dessa que se realmente acredita na sinergia do relacionamento, sabe que a sua investida contínua manterá a chama da união sempre acesa. 


Se você foi agraciado nesse sentido, bravo! Sinta-se afortunado!


Pois, segundo tal matéria, a vantagem de se relacionar com uma mulher brava, é que ela sempre surpreende.


Já que é transparente nas suas atitudes e fala o que realmente sente.


Na busca incansável de um canal aberto de comunicação límpida, pois sabe que nada mais mortífero do que a falta de diálogo entre o casal.


A mulher brava não teme mostrar toda nudez de sua alma. E não existe nada mais erótico do que apresentar ao outro, si própria.


Em contrapartida, o texto alertava: se estivesse nos planos do homem se relacionar com uma mulher do tipo "tanto faz" para o que ele faz, com quem ele anda, ou aonde ele anda, atenção: possivelmente esse homem não estaria nos planos futuros da mulher em questão.


Pois é da natureza da mulher se preocupar. 


Se não existe cuidado, cuidado, não há amor. Há conformismo, comodismo, preguiça...

Não se iludam: por trás de todo semblante simpático existe uma mulher brava.

Só tem um porém: ela não escolherá qualquer um para amar bravamente.

#euarenata

Caráter coeso



Caráter.
Podem me chamar de radical, obtusa. Não ligo.
Mas entendo que o bom não se mistura com o ruim. Assim como água e azeite, não se consegue mescla-los por completo.
Tente. Sempre restará um resíduo de molécula de azeite boiando na água, até então, límpida.
Marcando-a para sempre.
Assim como confiança, basta um pequeno gesto infeliz para quebra-la por inteiro.
Acabar com todo um legado de reputação construída e reconhecida ao longo do tempo.
Alguém sabe definir com precisão o que é caráter? Compartilho a minha humilde opinião: é a firmeza e coerência nas suas atitudes.
É o conjunto de características de uma pessoa, que irão determinar o nível de honestidade e moralidade que ela possui. Principalmente quando ninguém estiver testemunhando seu atos.
Mas, peraí: não há como se taxar níveis de honestidade ou moralidade. Ou é, ou não é.
A-há. Cheguei no ponto que queria: não há como se declarar inocente, quando se mistura com bandido.
Se juntar com gente que comete atos ilegais, ilegítimos, criminosos de qualquer espécie. Lembra da tal reputação? Já era, amigo de bandido.
Se favorece com milícia?
Recebe propina?
Conhece um 171?
É parente de corrupto?
Namora traficante?
Saber disso tudo e participar do dia-a-dia de tais pessoas ou, ainda, mesmo que seja para encontra-las uma vez na vida outra na morte, é ser sim conivente com a bandidagem delas.
O ditado "diga-me com quem tu andas que te direi quem és" não poderia ser mais honesto.
Andar, conviver, encontrar, passear com bandido é ser tão bandido quanto.
Fazer vista grossa para o que está acontecendo? É ser tão cara-de-pau quanto.
Não fazer nada respeito e ainda usufruir de tal feito? É ser tão mau caráter quanto.
Como o Brasil poderia ser diferente, se somado aos mafiosos políticos que o (des)governa existe uma grande parcela do povo, de todo tipo de classe social, engajada, mancomunada, para pregar nada além do favorecimento pessoal em detrimento do bem coletivo?
Todos, bandidos!
E eu? Não me misturo. Pode me chamar de preconceituosa. Caguei!
Sou mais viver sozinha com meu caráter íntegro do que lidar com qualquer tipo de bandido.
Bandido bom é bandido longe de mim. Sai de retro.
#euarenata

Os dois lados de um sentimento



Hoje ando devagar, pois já tive muita pressa.

Ostento esse sorriso, pois já derramei muitas lágrimas.

Na vida, tudo é uma questão de viver de extremos, fugir do limbo.

Sentir toda dor, todo o amor.

Sair de si, se reencontrar.

Então surgem os caprichos.

Capricharam tanto na gente,

Somos milagres transeuntes, 

Agraciados com a chance singular de viver essa vida única...

Ainda sim, existem tantos que ao invés de capricharem na sua constante evolução, parecem regredir ao primeiro obstáculo. Por puro capricho.

Que desperdício!

Tantos almejando terem preocupações ínfimas, quando os que não têm nada a se preocupar, parecem se inquietar com a plenitude.

Onde há insatisfação crônica, ao contrário do que se possa interpretar, traduz-se na ausência de perseverança, eis que esta pressupõe ter a certeza do êxito.

O insatisfeito patológico nunca se colocará numa situação de comparação interior, para saber ao certo que sensação escolher, já que prefere seguir o caminho do sempre encarar tudo sob o manto da ótica enferma.

Mórbida.

Infelizes que sustentam sorrisos evasivos. Nunca entenderão a tal felicidade.

Pobre achar que rico é o que acha que sabe de tudo.

Pois quem sabe mesmo, busca sempre saber mais do que nunca soube por inteiro.

Só temos certeza que se estamos nesse plano, é porque temos ainda muito a aprender.

Não se ensina alguém a ser feliz.

A andar devagar.

A pensar antes de falar.

A se calar quando não tem nada de bom a agregar.

Isso tudo se aprende vivendo na pele que cobre uma alma repleta de cicatrizes.

Curadas por algo maior que a felicidade.

Algo que ainda há de ser definido.

E aprendido, com muito capricho.

Chupetas que viram flores...


Ainda sobre o post anterior...


Aqui chupetas viram flores azuis e mamadeiras flores brancas.


Um lembrete diário para demonstrar o quanto se é vulnerável ao abrir mão de determinados costumes, vícios.

De como, cada conquista, por menor que seja, será bela.


Efêmera.


Rendendo todo tipo de fruto colorido aos olhos,


À alma,


Para todo o sempre.
#euarenata #meubebecresceu #respeito#eleeseutempo #maeefilho #amorinfinito


quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Finalmente, o fim de uma era



Se tem algo que aprendi: não dê ouvidos para ninguém além do seu próprio instinto (maternal).

Criança não foi feita para ser comparada.


Cada qual com seu temperamento, progresso, mania.


E ninguém melhor do que a própria mãe para identificar qual é o momento oportuno para se colocar determinada atitude em prática.


Vamos aos fatos: desde que o Lucas completou 2 anos de idade, passei a ouvir sermões quase diários que o menino deveria abandonar a chupeta. Das mais diversas pessoas, se embasando nas mais infindas justificativas.


Perguntem se eu me incomodei com o que tanto parecia incomodar os outros?


Lucas simplesmente não estava preparado para largar o seu precioso consolo - afirmava meu instinto.


Ele teve que usar chupeta desde que nasceu, pois era isso ou a mão inteira de uma vez só, na sua minúscula boca.


Como se livrar desse vício depois? Cortando a mão?


Então dá-lhe chupeta!


Ficar com o dente torto? O pai dele e eu tivemos que usar aparelho. Ele só escapará dessa por um milagre.


Ficar mais velho usando chupeta? Com o Lucas, tudo aconteceu no seu tempo. Na base do diálogo. Por que seria diferente ao largar a chupeta?


Passar vergonha? Deixe ele se sentir envergonhado para ele, então, resolver largar. Eu nunca irei sentir vergonha do meu filho ou por ele.


Então chegou a hora: há um tempo começou a afirmar, por conta própria, que daria a chupeta para todos os tipos de personagens: Papai Noel, Minion. 


Por diversas vezes jogou a chupeta longe, numa de demonstrar que não precisava mais dela. Só que meia hora depois, pedia ela de volta. 

Senti que ele estava suplicando nas entrelinhas: se livre dela para mim.

Ontem seguiu o mesmo padrão. Dessa vez, o meu instinto me mandou agir.


 Peguei a chupeta e disse que iria enterra-la no jardim para ela virar uma flor azul - da cor da chupeta. Ele super se animou. Mas depois a pediu novamente. 

Fui firme: disse que, à essa altura, ela já tinha virado semente. Chorou, como qualquer um em luto. Mas dormiu bem. 

Acordou choroso, com saudade da chupeta. O consolei, prometendo um presente em troca do gesto heroico. Sorriu, orgulhoso.

Eu, mais ainda. De nunca ter duvidado do tempo dele.


 #euarenata

A part of everything

I'm from Rio.

A little bit from here and there.


A great amount from cheerful Australia.


Pretty much from sunny California.


I'm from the sea.


The mountains.


The forest.


I'm my husband's sweetheart


My child's guide


Part of my family


One little link between my friends


One tiny dust among the stars of the universe


Sometimes I am apart from reality just drifting away


Many times I'm in whole but a complete riddle


With eyes that can't see through


Places.


Spaces.


Trying to find my way back into my happy place


Inside myself


Sometimes it is a hard task but I actually succeed 


Cause' I believe


In every part of me


Here and now


I'm just ready to dive


Into any part of my life


Live this life


To the fullest


Wandering from hereabouts to elsewhere 


Letting all part of me be all sort of part of mylsef


Just letting go


#merenata #euarenata