segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Arte em tudo


Sempre apreciei observar o simples. 

O que, talvez, pessoas deixem de notar. Ou passam a ignorar. 

Mas, veja, sempre há beleza no nada. 

Uma folha que acaba de aterrizar com graça numa formação rochosa qualquer. Clic! Captura-se o momento, nas lentes de qualquer câmera ao seu alcance.

 Basta ter o mínimo de sensibilidade e congelar a sua percepção de arte. 

Claro, uma máquina profissional faz certamente toda a diferença ao explicitar com maestria todos os detalhes mínimos que uma imagem à sua frente busca projetar. 

Porém, de nada adianta profissionalismo demais, perfeição ao extremo, se deixa a desejar em termos de alma, sentimento. 

Arte é algo visceral. Transpira pelos poros de quem canta, quem pinta, quem fotografa, de quem escreve, de quem interpreta. 

Não se pode ser metódico com sensação. 

Deve se deixar fluir ao sabor da primeira emoção que aparecer na mente, pois só assim a espontaneidade reina transparente. E abre as portas para a tão almejada felicidade, aquela, legítima, que simplesmente reside na simplicidade.

Tenho prazer em fotografar o comum. 

De capturar o momento sem muito ordenamento. 

De apenas enxergar. Apreciar. Sentir. 

A beleza em tudo, derivada do nada. 

Pois em tudo há vida. 

É só uma questão de perspectiva.

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