segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Street Feelings


Take a walk on the wild side... 

Wild side. 

Were saints are sinners, and good is evil. 

Everything it's screwed up, mixed up in a bucket packed of loneliness. 

So dark and deep as my worst nightmare could be. 

Those that don't spare your soul from keep falling down within the emptiness of its laking of glory. 

Fallen angels burned by the only truth behind their naughty lies. 

What can we do? It's human nature: the weakness hiden beyond a fake strength. 

I'm a freak, you're a weirdo and people are strange. 

Ugly. Even when they are not alone. 

So help me! What can I do, asks confused, my runaway conscience. 

I tell you sweet child of mine: put on some makeup, wear a cap with the slogan "sexy" on it and be the best fuckin' shining unicorn you can be in a crowd full of bland and filthy ponies.


Anjos Caídos


Existem pessoas que surgem, do nada, como anjos na sua vida. A luz que lhes é inerente passa a te guiar na hora que você mais precisa, em direção ao melhor caminho. Você se sente o mais protegido. O mais prestigiado. O mais amado. 

Então, aquela mesma pessoa que antes era considerada um santo remédio para alma, se torna, também do nada, um veneno para o coração. 

Por culpa sua? Dela? Certamente existem erros que poderiam ter sido evitados e alguns que até já foram remediados. Quiçá, perdoados. 

Mas de que adianta pedir desculpas, se a pessoa que alega te-las aceitado, não supera de verdade o ocorrido? E se não foi algo tão terrível assim? Vale a pena ficar eternamente na defensiva? Seletiva quanto a comportamentos, mordendo ou assoprando de acordo com o vento? Vale a pena ser explicitamente amorosa com alguns, e sonsamente indiferente com outros? 

Anjos (mascarados) que pregam a evolução espiritual conjuntamente com a gentileza gratuita, mas que não sabem praticar nem de perto a resiliência nas suas atitudes. Não se pode ser imparcial em matéria de bondade, transparência ou perdão. 

Não se levanta uma bandeira dessa magnitude - de bom caráter - a mantendo a meio mastro, sob risco de muitos não interpretarem o real simbolismo por trás de tal conduta. Aliás, meio mastro significa luto. Por quem? Pelo quê? 

Estaria tal anjo - vingador - transmitindo escancaradamente nas entrelinhas a morte súbita daquele apreço que já existiu no passado pela pessoa que se sentia acolhida de maneira seletiva? 

Mas quem mandou contraria-lo? Obviamente sentiu-se acuado, e afastou-se de vez. Da pior maneira possível: espiritualmente. 

Me entristece saber que já fui vítima desse tipo de ser aparentemente iluminado. Aparentemente, pois lançam ou apagam a sua luz de forma selecionada. Fazem o bem, dependendo de quem. 

Fico sentida, pois sinto falta de como era antes. Pois ainda tenho carinho por alguns desses anjos que - conscientemente ou não - me fazem mal. 

Mas anjos não deveriam exalar inquestionavelmente perdão, empatia, luz infinita?

 Nem todos. Se até Deus foi apunhalado pelas costas por um deles. Por que não a gente?

#euarenata

Poney-kemón



A pessoa pega a prancha dos "Avengers" do filho e mergulha numa profunda sessão de nostalgia ao tentar esboçar o seu animal predileto :-)

Alguém já se aventurou a desenhar nessa prancheta de íma? Procurar detalhar uma imagem é quase impossível! 

A poeira de aço que é conduzida por uma caneta com ponta de íma, acaba se misturando numa suruba de atrações entre pólos negativos e positivos, o que torna um desafio quase inexecutável realizar traçados mais próximos ou bem definidos. 

Tudo acaba virando um único indecifrável bolo de massa cinzenta. 

Fiz e refiz dezenas de ilustrações. Insisti, persisti e consegui! 

Pode parecer um feito insignificante, mas, no fundo, trata-se de um excelente exercício de superação pessoal. 

Se eu posso, você também pode! 

Tudo o que idealizar. Tudo que quiser. É só tentar. Materializar na sua mente o almejado, focar no alvo e não desistir.

 #ficaadica para esse dia lindo, ensolarado🌞#ficaadica de uma produtiva filosofia de vida!

PS: para quem não conseguiu visualizar de imediato, o desenho em questão é de um cavalo, ou pônei, ou... Pokémon! 

#euarenata

Herói de plantão


"Pai nosso que estais no céu" ... Pai meu que está na Terra. 

Meu pai não é nenhum santo; mas é um santo pai dentre muitos que existem por aí. 

Assim como aquele que está no céu olhando por nós, meu pai sempre esteve aqui, olhando por, para e a favor de mim. 

O seu título de "pai" não se restringe a um mero reconhecimento de paternidade constante da minha respectiva certidão de nascimento. 

Claro, foi minha mãe que me deu à luz, mas meu pai fez questão de mantê-la intensamente acesa, em forte parceria com ela.

Trocou fraldas; embora chegasse cansado da labuta diária, sempre brincava comigo e com o meu irmão; fazia show de mágica e contava historinhas para dormir.

Nos carregava para parquinhos, clubes, festas, cinemas, teatros. Viajava com prazer em família para diversos lugares. Sempre conversou comigo, se preocupou, me aconselhou, me prestigiou. 

E me presenteou com o melhor paradigma de todos: a referência de um caráter límpido e inabalável. 

Nunca deixou de demonstrar quanto o trabalho dignifica, sempre reforçou o quanto sou bonita: principalmente por dentro. 

Me ensinou que a palavra "desistir" não existe no seu vocabulário. Persistir e recomeçar, são virtudes que aprendi com ele. 

Cuidou de mim, sempre presente: de corpo e alma. 

E quem diz que a presença paterna constante não faz falta é uma falácia. Que criança não gostaria de conviver com a sua versão particular de super herói? 

Espera-se o mínimo do esperado de um genitor, mas eu não tive que esperar nada do meu pai: pois ele sempre se antecipou, se superando em tudo. 

Mãe é sempre mãe (e a minha é mais do que incrível, por sinal. Morram de inveja por isso também...Rs...)

 Mas não é todo pai que é pai de verdade. Mas o meu? Ahhh... 

O Pai nosso continua no céu. E o meu pai que está na Terra? Permanece um exemplo a ser seguido. Pelo verdadeiro pai de ontem, hoje, e amanhã.

Aquele abraço


Sim, já tive o privilégio de abraçar um golfinho. Foi um momento emocionante por dois motivos: o primeiro porque o treinador dele obviamente fez um comando para ele se chegar a mim.

 E o golfinho me abraçou conforme esperado, mas veja bem: só a mim. 

Não o fez, ao sinal do mesmo comando, com as demais pessoas que ali se encontravam. Simplesmente não quis. Não rolou uma empatia, chame do que quiser. O treinador disse que era assim mesmo: este golfinho em particular só se aproximava de quem ele queria. 

Em suma, tinha vontade própria - não era como tantos pobres mamíferos marinhos que existem aos montes em Cancun, Miami ou afins, que simplesmente obedecem mecanicamente tudo em troca de uma apetitosa sardinha. 

Até um dia surtar de vez e se suicidar se lançando contra o muro de concreto do respectivo tanque, como lamentavelmente aconteceu com a enclausurada famosa baleia orca, Shamú. 

Mas este não. Tratava-se de um golfinho com atitude, que residia num parque aquático decrépito de Varadero, Cuba. 

Talvez por isso não tenha perdido totalmente sua identidade, já que o local em si era desprovido de muita infraestrutura e localizado no meio de um lago enorme de água salgada, o que conferia a seu ambiente um clima mais selvagem. 

Enfim, ele não me pediu nenhuma iguaria em contrapartida pela acolhida concedida gratuitamente; pelo contrário, nessa ocasião ocorreu o segundo fato tocante de tal raro encontro: ele ainda fez questão de "catar" na água o primeiro apetrecho que considerou ser um belo souvenir, e me presenteou com ele - uma folha seca de uma árvore que se encontrava boiando. 

A empurrou com o seu focinho anatômico até a minha direção, entoando aquela delícia de gargalhada típica de golfinho, para indicar que a lembrança era especificamente para mim. 

Aturdida, a retirei da água com todo o cuidado, e agradeci, fazendo um carinho na sua cabeça, com um sorriso estampando de uma orelha à outra, pelo gesto que considerei ser divino. 

E então ele se retirou, nadando alegremente. 

Guardo até hoje essa folha, como um amuleto. 

E foi definitivamente nesse dia que passei a acreditar que anjos - de todos os tipos - existem. É só deixá-los abraçar a sua alma.

Conexão desconectada


Nada mais verdadeiro do que tal afirmação: "não há Wi-Fi na floresta, mas você encontrará uma conexão muito melhor". 

Com a natureza. Com o ar puro. Com o céu azul de brigadeiro. 

Muitas vezes precisamos nos desconectar de toda essa poluição tecnológica que nos cerca; nos purificando, nos energizando.

 Dar um tempo nas notícias que nos fazem afogar de angústia com tantos dados caóticos, fofocas diversas, exibições falsas, forçadas, de pseudo-famílias Doriana, de felicidade vazia - consumista - de roupas, de carros, de calorias zero. 

Muitas vezes temos a obrigação moral de nos desconectarmos de pessoas que antes éramos tão conectadas, simplesmente pelo fato de não existir mais conexão entre interesses, princípios e afins. 

Como Abraham Lincoln diria: "se junte aos bons. Continue com eles enquanto tiverem praticando o bem. E se afaste deles quando não tiverem mais pregando o que é bom". Excelente ponderação sobre caráter alheio, no melhor estilo "diga-me com quem tu andas que te direi quem és". 

Posso afirmar que o que mais influencia no meu humor são pessoas. Porque eu realmente me conecto com todas as suas facetas. Sou uma esponja de energia, nunca me enganei sobre a índole de ninguém. 

Se ocorreu em algum momento, ou foi porque o indivíduo em questão era muito ardiloso - e uma hora a máscara caiu, não tem jeito - ou porque efetivamente deixei me enganar, dando trocentas mil chances da pessoa me provar que eu estava errada. Ponto para mim - nunca estive. 

Então simplesmente desconecto dessa amizade, dessa convivência, dessas atitudes desconexas, tentando manter as aparências, por uma mera questão de educação. 

Infelizmente o ser humano em geral requer o mínimo de conexão. 

Mas como operadora das minhas próprias conexões pessoais, passo o antivírus na minha alma e me disciplino a apenas permitir downloads de arquivos não corrompidos, certificados com todo tipo de legitimidade - leia-se: pessoas - tentando evitar, assim, qualquer contaminação imprópria do meu HD. 

Busco novas e melhores conexões fora desse photoshopado mundo cibernético que construímos para os outros, quando deveríamos nos reconectar com o que é natural. Com nós mesmos.

Arte em tudo


Sempre apreciei observar o simples. 

O que, talvez, pessoas deixem de notar. Ou passam a ignorar. 

Mas, veja, sempre há beleza no nada. 

Uma folha que acaba de aterrizar com graça numa formação rochosa qualquer. Clic! Captura-se o momento, nas lentes de qualquer câmera ao seu alcance.

 Basta ter o mínimo de sensibilidade e congelar a sua percepção de arte. 

Claro, uma máquina profissional faz certamente toda a diferença ao explicitar com maestria todos os detalhes mínimos que uma imagem à sua frente busca projetar. 

Porém, de nada adianta profissionalismo demais, perfeição ao extremo, se deixa a desejar em termos de alma, sentimento. 

Arte é algo visceral. Transpira pelos poros de quem canta, quem pinta, quem fotografa, de quem escreve, de quem interpreta. 

Não se pode ser metódico com sensação. 

Deve se deixar fluir ao sabor da primeira emoção que aparecer na mente, pois só assim a espontaneidade reina transparente. E abre as portas para a tão almejada felicidade, aquela, legítima, que simplesmente reside na simplicidade.

Tenho prazer em fotografar o comum. 

De capturar o momento sem muito ordenamento. 

De apenas enxergar. Apreciar. Sentir. 

A beleza em tudo, derivada do nada. 

Pois em tudo há vida. 

É só uma questão de perspectiva.