quinta-feira, 2 de junho de 2016

"F"-se...


Com essa pose de "blasé" eu lhes recepciono com um esplêndido e caloroso "foda-se". 

Me perdoem pela grosseria aparente da palavra, mas, por muitas vezes é mais do que imprescindível ligar esse botão imaginário. O "foda-se". 

Aprendi ontem com uma grande e sábia amiga minha. Existem até placas decorativas sendo confeccionadas com esse dizer libertador: "foda-se"!

Isso mesmo, tá com os cabelos da nuca arrepiados de vergonha alheia? Foda-se! 

Está revoltadinho com a sociedade consumista e hipócrita na qual - infelizmente - vivemos? Foda-se!

Está se sentindo injustiçado? Foda-se! 

É ciumento? Foda-se! 

Se sentindo feio? Nem fudendo! Foda-se! 

Está sem dinheiro? Foda-se! 

Sente-se frustrado? Foda-se! 

Sente-se infeliz? Ligue com uma força avassaladora quase demoníaca o botão do "foda-se"! 

Foda-se tudo! E seja feliz! #euarenata

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Coleção Outono-Inverno


O outono decisivamente resolveu dar o ar da sua graça nos embalando com o seu tenro frescor enfeitado por aquele tipo translúcido de chuva, bem fininha, que impreterivelmente remete à nostálgica "Sessão da Tarde", assistida debaixo de um robusto cobertor de lã acompanhado de um enorme pote de pipoca bem quentinha. Como diz o jargão do momento, "quem nunca?". 

É hora de colocar para fora botas, jaquetas, calças. Sem sombra de dúvida as pessoas se tornam mais alinhadas no friozinho. Não por menos, são tantos apetrechos: cardigans, cachecóis, chapéus estilosos. 

E no quesito gastronômico, o clima glacial traz os nossos sentidos à tona com o doce odor do chocolate quente, o sabor seco de um bom vinho tinto, e a delícia do fondue preparado à luz de velas, a dois. 

O frio aproxima, nem que seja com o propósito de reunir dois corpos para afugentar o frio. De preferência, debaixo das cobertas com os pés entrelaçados. Existe algo mais romântico que isso? 

Só se nevasse por aqui e ambos pudessem assistir esse espetáculo da natureza, agarradinhos, por trás da sacada de um chalé rústico digno dos Alpes Suíços. 

Nunca se sabe quais serão os efeitos provocados pelos "El Ninhos" da vida, a longo prazo, mas enquanto tal condição climática é utópica nos trópicos, somente nos resta criar uma memória irreal nesse sentido ao som da voz aveludada de Michael Bublé, ecoando as cifras lúdicas do  "Let it snow... Let it snow... Let it snow..." #eurenata

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Família, família...



Sobre o Dia da Família. São tantas datas comemorativas, algumas que somente passo a tomar conhecimento através do "feed de notícias" das respectivas redes sociais. Confesso que o dia supracitado constitui um deles. Só soube agora da sua tímida existência. 

E como não discorrer sobre um assunto tão polêmico? Sim, controvertido. Há família, e há famílias. Se você nasceu numa onde, na fase adulta, é considerado minimamente autêntico e são, parabéns: tirou a sorte grande. 

Não menos escolhi a foto da família de corujas para incorporar este post: seres exóticos considerados o símbolo da sabedoria. Mas os olhos, ó, bem grandões, mirando de dia e com uma poderosa visão noturna, tudo que acontece ao seu redor. O tamanho do zelo é na mesma proporção do julgamento. Que pode acobertar uma crítica construtiva (a qual sou super a favor) ou absolutamente comparativa, destrutiva. E é aí que reside o perigo, dentro da nossa frondosa árvore genealógica: a tradição. De ter que ser igual a ciclano. Fazer igual a beltrano. 

Não há paradigma que sufoque mais a alma do que ser condicionado a seguir, ser, agir como alguém, em função do gene. Assim como dizem que existem mulheres que levantam ou afundam um homem, famílias não são tão diferentes, exceto que no caso do homem, ele tem a opção de terminar o namoro ou pedir o divórcio. 

Já a família, você nasce nela e morre com ela. Pode ser o seu porto seguro, ou aflorar o seu lado mais obscuro, mas é família. Então ame-a mesmo assim, sendo Doriana, assumidamente complicada, descolada, pequena, não importa. Pois ela é a única que genuinamente se importa. Não se muda de família. Só você que muda. #euarenata

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Like the Girl next Door


"Like the girl next door"... Traduzindo: como a garota da porta ao lado. Alguém já ouviu falar sobre tal expressão? A qual remete a um arquétipo de mulher nem feia, nem bonita, nem rica, nem pobre, nem famosa, nem desconhecida, simplesmente define, de uma maneira um pouco mais elaborada, "a garota comum"? 

Aquela que entende que perfeição não existe; mas, sim, a imprescindível aceitação quanto à sua "não-perfeição". O quanto antes ela realizar, assimilar e buscar esse feito, melhor. 

Não foi à toa que postei uma foto profissional para retratar esse texto. Porque constatei que fotos "sem filtro" não causam efeito nas pessoas. Infelizmente. Somos movidos pelos impulsos gerados pelo nosso sistema nervoso que se alimenta antes de tudo pela captura da imagem à sua frente, no momento em que processa qualquer pensamento trivial que seja, naquela exata ocasião. Buscando incessantemente, a perfeição aparente. 

Partindo do princípio que consegui a sua atenção com uma imagem apresentável, quero descrever, então, um pouco sobre o que realmente é ser uma garota comum. Alguém que erra. Sempre. Que odeia. Que critica. Que sente raiva. Inveja. Que se deprime. Alguém com uma penca de defeitos a serem constantemente contidos. O mundo virtual tenta nos afastar desse tipo de realidade mundana através de propagandas enganosas. Ninguém é 100% fit, 100% belo, 100% honesto, 100% feliz. 

Somos seres. Humanos. Aqueles que dizem ser mais racionais que muitos animais por aí. Somos mesmo? Vejo tanta selvageria, falsidade, intolerância entre nós, que não posso crer tanto nessa incontestável inteligência. 

Não quero pregar sermões, estar acima de qualquer suspeita, ter medo de causar ou de idolatrar alguém. 

Quero ser a garota comum, que muitas vezes não sorri, por diversas vezes acorda de mau humor, que nem sempre quer agradar os outros, nem ser o exemplo de ninguém. Bagunçada de cabeça, dos pés à cabeça, essa sou, não faço tipo, nem gênero, sou você ontem, hoje e, quem sabe, amanhã. 

Sou o espelho de qualquer um porque sou ninguém como todos que estão por aí batalhando a tão difícil aceitação que é ter que conviver consigo mesmo. Desprovido de qualquer tipo de perfeição. Quem não é assim? Levante a mão. #euarenata

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Te olho


Te olho, te vejo. Nem sempre como desejo. Nem sempre como acreditavam que deveria ser. 

Nem tudo deve ser como é, porque nada pode ser tudo. 

Em questão de segundo, o que antes era desinteressante passa a ser importante. 

O que esperava ser magnífico, parece ter sido originado de um inovador projeto científico, não tão bem sucedido, mas o que há se sucedido, então? Se sempre nos atemos no que é considerado padrão? Mas que padrão, se nada se estende se não houver dedicação? Dedicação esta movida por motivação. 

Alheia? Ou sua? O que nos motiva a sermos o que somos? Ou não somos o que deveríamos ser de verdade? Por que não?

Andando sempre na contramão do que se almeja, uma vez que é mais conveniente se manter emocionalmente deficiente, que simplesmente seguir em frente. 

O foco te leva para todas as direções que deveriam ser seguidas para se chegar nesse foco.

Mantenha-se cravado nesse foco, sem desvios. 

Desista do que te faça desistir. 

Foque no que se quer ver, dentro do seu próprio padrão de comportamento, que nunca pode deixar de se olvidar do discernimento. 

Sem juízo de valor, o céu desaba no inferno. 

E não queremos sentir fagulhas queimando os nossos pés descalços de todos os padrões, no caminho a ser seguido, pelo nosso coração. 

Que alimenta de vida o nosso organismo. 

Que precisa estar forte para enxergar com nitidez o nosso foco. Uma janela aberta para o mundo. #euarenata

domingo, 22 de maio de 2016

Resgatando raízes, plantando sementes...


Sou fascinada por pessoas. 

Estar com pessoas. 

Interagir com indivíduos de todos os tipos e crenças. 

Trocar experiências, escutar, conversar. 

Resgatar antigas amizades como se fossem de hoje. 

Fazer novas amizades como se fossem de antigamente. 

Porque muito mais importante do que posses, é possuir, além de uma boa saúde, bons amigos. De agora, de antes. 

Não importa ter, mas ser. Ser você mesmo sendo amigo de alguém. De fé, de camarada. 

O ser humano é por essência um ser sociável. Trata-se do princípio universal mais básico de todos: servir, amar, prestigiar as pessoas. 

Não estou insinuando que devemos servir ao ponto de nos tornarmos escravos emocionais da humanidade, mas apenas o de pregar gratuitamente, genuinamente o bem, não importa a quem. 

Se interessar pelo outro, criar uma descompromissada empatia. Colocar para cima. 

Contagiar o mundo com positividade. O que se tem a perder? Nada. 

O que se tem a ganhar? O dia. Todos os dias. Com a sua, a minha, eterna alegria #euarenata

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Mãe é mãe...


Não quero falar sobre o que você é, mas o que você foi para mim. 

Graças ao que você foi, sou o que sou hoje. 

Se você não tivesse sido o que foi sempre, eu não seria ou que me tornei agora. 

Quero agradecer por você ter sido o que foi e é, ter pressentido, ter me permitido somente quando era possível permitir, ter me proibido quando era imprescindível proibir, ter lutado por mim, nunca ter desistido de mim, ter arrancado os poucos fios de cabelo que possui por mim, ter cuidado de forma tão presente, tão intensa, com amor para dar e vender, de mim. 

Sua filha, que sempre será sua menininha, mesmo bem crescidinha. 

Com você aprendi o significado legítimo de amor ao próximo. De muitas vezes ter que se anular - mas nunca por inteiro - em prol dos filhos. 

Me demonstrou, na prática, o equilíbrio entre ser você mesma e ser mãe. Me provou que existe respeito entre mãe e filho, mesmo se metendo na vida alheia. 

Porque aqui, nunca se ultrapassou limites, apenas se pecou por excesso no amor, onde nunca é demais, porque sempre soube com você, que a medida do amor é amar sem medida. 

Poderia desejar mais o quê? Somente que você vivesse para sempre, como minha mãe, em todas as minhas vidas. Mãe amada, mais do que querida #euarenata