segunda-feira, 30 de maio de 2016

Família, família...



Sobre o Dia da Família. São tantas datas comemorativas, algumas que somente passo a tomar conhecimento através do "feed de notícias" das respectivas redes sociais. Confesso que o dia supracitado constitui um deles. Só soube agora da sua tímida existência. 

E como não discorrer sobre um assunto tão polêmico? Sim, controvertido. Há família, e há famílias. Se você nasceu numa onde, na fase adulta, é considerado minimamente autêntico e são, parabéns: tirou a sorte grande. 

Não menos escolhi a foto da família de corujas para incorporar este post: seres exóticos considerados o símbolo da sabedoria. Mas os olhos, ó, bem grandões, mirando de dia e com uma poderosa visão noturna, tudo que acontece ao seu redor. O tamanho do zelo é na mesma proporção do julgamento. Que pode acobertar uma crítica construtiva (a qual sou super a favor) ou absolutamente comparativa, destrutiva. E é aí que reside o perigo, dentro da nossa frondosa árvore genealógica: a tradição. De ter que ser igual a ciclano. Fazer igual a beltrano. 

Não há paradigma que sufoque mais a alma do que ser condicionado a seguir, ser, agir como alguém, em função do gene. Assim como dizem que existem mulheres que levantam ou afundam um homem, famílias não são tão diferentes, exceto que no caso do homem, ele tem a opção de terminar o namoro ou pedir o divórcio. 

Já a família, você nasce nela e morre com ela. Pode ser o seu porto seguro, ou aflorar o seu lado mais obscuro, mas é família. Então ame-a mesmo assim, sendo Doriana, assumidamente complicada, descolada, pequena, não importa. Pois ela é a única que genuinamente se importa. Não se muda de família. Só você que muda. #euarenata

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