quinta-feira, 26 de maio de 2016

Like the Girl next Door


"Like the girl next door"... Traduzindo: como a garota da porta ao lado. Alguém já ouviu falar sobre tal expressão? A qual remete a um arquétipo de mulher nem feia, nem bonita, nem rica, nem pobre, nem famosa, nem desconhecida, simplesmente define, de uma maneira um pouco mais elaborada, "a garota comum"? 

Aquela que entende que perfeição não existe; mas, sim, a imprescindível aceitação quanto à sua "não-perfeição". O quanto antes ela realizar, assimilar e buscar esse feito, melhor. 

Não foi à toa que postei uma foto profissional para retratar esse texto. Porque constatei que fotos "sem filtro" não causam efeito nas pessoas. Infelizmente. Somos movidos pelos impulsos gerados pelo nosso sistema nervoso que se alimenta antes de tudo pela captura da imagem à sua frente, no momento em que processa qualquer pensamento trivial que seja, naquela exata ocasião. Buscando incessantemente, a perfeição aparente. 

Partindo do princípio que consegui a sua atenção com uma imagem apresentável, quero descrever, então, um pouco sobre o que realmente é ser uma garota comum. Alguém que erra. Sempre. Que odeia. Que critica. Que sente raiva. Inveja. Que se deprime. Alguém com uma penca de defeitos a serem constantemente contidos. O mundo virtual tenta nos afastar desse tipo de realidade mundana através de propagandas enganosas. Ninguém é 100% fit, 100% belo, 100% honesto, 100% feliz. 

Somos seres. Humanos. Aqueles que dizem ser mais racionais que muitos animais por aí. Somos mesmo? Vejo tanta selvageria, falsidade, intolerância entre nós, que não posso crer tanto nessa incontestável inteligência. 

Não quero pregar sermões, estar acima de qualquer suspeita, ter medo de causar ou de idolatrar alguém. 

Quero ser a garota comum, que muitas vezes não sorri, por diversas vezes acorda de mau humor, que nem sempre quer agradar os outros, nem ser o exemplo de ninguém. Bagunçada de cabeça, dos pés à cabeça, essa sou, não faço tipo, nem gênero, sou você ontem, hoje e, quem sabe, amanhã. 

Sou o espelho de qualquer um porque sou ninguém como todos que estão por aí batalhando a tão difícil aceitação que é ter que conviver consigo mesmo. Desprovido de qualquer tipo de perfeição. Quem não é assim? Levante a mão. #euarenata

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