segunda-feira, 7 de março de 2016

Ambígua Relação


Dentro de qualquer pessoa existe um anjo e um demônio. Em batalha constante sobre quem irá derrotar a sua autoestima ou levantar o seu ego. Não conseguem viver em equilíbrio pois não há como alguém ser bom e mau ao mesmo tempo. Definitivamente não se equiparam. E sim, como seres humanos imperfeitos que somos, nunca conseguiremos atingir a meta da perfeição divina e praticar somente o bem; é inevitável: em algum momento iremos vacilar, e debandar para o mal. Opa. O demônio conseguiu extrair o pior de mim. Mas com que frequência você deixa o capeta te dominar, esta é a questão. O demônio só conjuga o verbo na primeira pessoa. Então a chave para se praticar o bem é sempre pensar no próximo além de si mesmo. Veja que em momento algum afirmei que devemos esquecer de nós mesmos. Apenas não podemos pensar estritamente em nós. O nosso interior sempre irá refletir qual dos dois estados de espírito se rendeu à fogueira de vaidades que é a nossa ambígua consciência: o bem ou o mal. Então me diga: qual personagem épico você pretende incorporar hoje? Um anjo ou um demônio? #euarenata

Não acredito!

Se eu acredito que a chicotada diligentemente golpeada contra o ex-presidente Mula fará alguma diferença neste curral fétido que se encontra o nosso empacado País? Não. Se eu acredito que em algum glorioso momento a PresiAnta será submetida a um impeachment e finalmente ser extinta, aniquilada desse zoológico que é a política do nosso País? Não. Se eu acredito que esse País tem solução, com ou sem esses corruptos no poder? Não. Por que? Vejamos apenas o exemplo do ex-presidente Collor. Minha gente, o cara cometeu crime de colarinho branco, verde, amarelo, enfim, pintou o sete e foi reeleito como senador pelo estado de Alagoas exatos vinte e dois anos após ter sido expulso da Casa da Dinda. Coincidência ou não o número 22 representa no antigo Código Penal o artigo sobre "irresponsáveis", ou seja, aqueles que não podem ser considerados responsáveis pelos atos ilícitos praticados, por serem acometidos, dentre outras enfermidades, pela loucura, demência. Preciso dizer mais alguma coisa sobre o povo brasileiro? Só que não irei mais recair no erro - ou na inocência - de acreditar que agora sim, o Brasil entrará no rumo certo e alcançará o caminho da mais frutífera e esplêndida vitória. Anos atrás, fiz a minha parte incorporando a cara-pintada, vestindo preto em luto pelo literal enterro político e econômico do Brasil, e cá estamos nós presenciando o mesmo filme de terror (ou de comédia, já que somos uma piada?) com protagonistas diferentes. PT saudações, sem mais comentários, salvo melhor juízo. Mas que juízo? Esse tipo de valor inexiste por aqui. Enquanto não cair uma bomba antisséptica em Brasília exterminando todo tipo de verme que insiste em deixar a nossa nação fraca, doente e abandonada sem o mínimo de recurso e dignidade num hospital atendido - mal e porcamente (literalmente) - pelo chiqueiro do SUS, minha gente eu não acredito que haja salvação para o atirei o pau-brasil no gato que é o nosso País corrompido. Mente que nem sente, é uma condição patológica livre de qualquer perspectiva de cura. Simplesmente deixei de me iludir. É mais fácil aceitar que o Brasil é assim, e tentar - com muito esforço - me condicionar a amá-lo ainda que desse jeito, já que cachorro velho não aprende truque novo. Quer saber? O que eu realmente acredito mesmo, é fato do povo sofrer de rompantes periódicos de Alzheimer sobre questões políticas. A memória é curta, medíocre e ignorante. E deve continuar dessa forma moldada e acomodada para todos os protozoários continuarem praticando essa escancarada e asquerosa relação simbiótica com os nossos cofres públicos. Vamos esquecer, minha gente! Mas eu devo ser teimosa, rancorosa e pouco evoluída espiritualmente, portanto, não esqueço. E continuo não acreditando. Assim como não acredito em Papai Noel, nem em Coelhinho da Páscoa, nem em duendes, não acredito no Brasil. P.S.: me recuso a colocar a imagem do Molusco no meu Blog. Eu acredito que o feio atrai o ruim. Então preferi expor uma foto da sempre linda cidade maravilhosa. Ou do que resta - de verdadeiro - nela. #euarenata


Poesia


Ah, que alegria... Falar sobre poesia! Poesia não é para ser entendida; é para ser sentida. Nunca se interpreta literalmente uma poesia, já que o seu fim precípuo é mexer com a fantasia; criar diferentes perspectivas na visão de cada um. Nada é incorreto ou incompleto, ou escrito em demasia, já que estamos falando de pura magia! Muitas vezes o que se vê é simplesmente uma projeção de si mesmo num cenário nada incomum, quando o que se tentou passar na sua construção, era algo totalmente distinto da sua real compreensão. Não existe certo ou errado na poesia, já que o bom senso nos ensina, que fica complicado considerar qualquer tipo de razão, na linguagem do coração. #euarenata

quinta-feira, 3 de março de 2016

Livro aberto


Pessoas são como livros. Existem aquelas com capas frondosas e conteúdo nada agradável, e outras com capas não tão atrativas, porém com argumentos de prender a atenção dos mais desconcentrados. Tem livros que apreciam ficar expostos na primeira fila da prateleira, e outros que são convenientemente ou por opção, lançados ao acaso da prateleira mais reservada. Há livros de todos os preços e tamanhos, populares e distintos. Assim como os livros, pessoas adoram um drama, um romance, um suspense. Existem indivíduos que são o próprio livro de auto-ajuda em pessoa, e insistem em lhe auxiliar em algo, e por terem esse dom, conseguem sempre atingir o seu objetivo, mesmo sem você sequer ter requisitado; existem aqueles que se declaram conhecedores de tudo, quase uma bíblia da sapiência vivendo entre nós. Prefiro os que são do tipo enciclopédia: são inteligentes por natureza, mas possuem humildade suficiente para somente se pronunciarem sobre algo quando efetivamente indagados a respeito. Há pessoas com gosto tão requintado, que conseguem desfilar sem esforço suas tendências sem deixar nada a desejar para o mais renomado dos editoriais de moda. E tem aqueles livros escancarados, os quais conseguimos ler com clareza tudo que eles têm a dizer, e os que possuem textos tão prolixos que nunca seremos capazes de descobrir com unicidade qual é a sua real mensagem. Um intrigante mistério a ser desvendado nas suas rebuscadas entrelinhas. Sendo novo ou usado, carcomido ou plastificado, não importa, todos somos livros. E precisamos que a nossa estória seja lida. Nem que seja contada por nós, apenas para nós mesmos. #euarenata

terça-feira, 1 de março de 2016

Marching toward March


Be very welcome dear March! The month that I was born. Born to be wild. A kind of wildness seasoned with a little bit of balance between the urge to be unconditionally loved and gifted with the autonomy to be myself. Blessed, with the type of shameless freedom which alouds me to spread my colorful wings and happily fly toward my blue sky full of delighting dreams. To live life to the fullest, without closing my eyes to all the intellect  emanated by humanity's wisdom. To be humble enough to realize that I really do not know anything. And to workship every detail that surrounds me. Cause' everything matters. Cheers! #euarenata #MeRenata

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Ter ou não ter orgulho? Eis a questão...


Todos queremos sentir orgulho. Da vida que levamos, dos filhos que temos, dos pais que nos orientam, do parceiro com o qual convivemos, do nosso trabalho, da nossa casa, dos amigos que carregamos por toda a nossa jornada. Somos seres ávidos pela sensação de admiração, temos quase que involuntariamente idolatrar alguém ou buscar a estima de qualquer um. Estamos constantemente nos afirmando perante nós mesmos e nos reafirmando para todos. Por que tamanha necessidade de sermos reconhecidos? "Quero que a minha família sinta orgulho de mim" dentre outras premissas que criamos são um pequeno exemplo da enorme cruz que carregamos e nem sabemos por quê. Seríamos  emocionalmente carentes por natureza ou geneticamente programados para não nos garantirmos sozinhos nas nossas preferências ou comportamentos?  Orgulho. Queremos sentir orgulho. Precisamos que sintam orgulho de nós. Orgulho. Um predicado cuja fronteira do seu significado beira uma série de facetas negativas, como as da soberba, do egoísmo e da arrogância. Que coisa feia esse tipo de orgulho. Mas verdade seja dita, há pessoas que apenas vivem para tentar causar uma impressão nos outros. Não lhes interessa se é boa ou má; porque o que realmente importa é chamar a atenção, a mínima que seja, pois são da teoria que o fundamental é estar em evidência.  Pensam que alguns - de preferência a maioria -  certamente sentirão orgulho deles. Aí eu me pergunto: será que esses indivíduos reparam individualmente em si? Será que não sentem orgulho suficiente deles mesmos? Pra que precisam dos outros para lhes dizer o óbvio: o orgulho deve, antes de tudo, ser próprio. Como saber? O orgulho nunca os deixaria responder. #euarenata

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Relação de amor e ódio


Do corredor de palmeiras imperiais travada dentro de um carro empacado num trânsito homérico, eu lhe avisto, tímido, de perfil, quase imperceptível no meio de tantas nuvens. A cidade carente e abandonada como milhares de meninos de rua que existem por aí o engoliu, não por necessidade, mais por vergonha de não corresponder o seu eterno abraço sobre nós. A ignorância, por falta de escolas, dentre outras carências emocionais e educacionais, nos fez olvidar o princípio mais embrionário pregado por ti, injustamente pregado na cruz: que somente o amor liberta. Salva qualquer um de todo o mal. Estamos sendo crucificados por um lugar acometido por violência, falta de saneamento básico, saúde, transporte; os políticos estão conseguindo ofuscar toda a beleza da cidade que já foi maravilhosa, mas que hoje se encontra em polvorosa. Rio estarrecida de tanta tristeza, por todo o potencial do Rio que está sendo desperdiçado. Estão cavando a cova do Corcovado. Daquele que tão bem representa a imagem do Rio, que é mais uma miragem num oásis de poucos. Então me deparo com essa visão no meio da poça de lama de problemas na qual  estamos aos poucos nos afundando e consigo, ainda assim, parar para pensar que o Rio de Janeiro continua lindo. Ferido, porém, lindo. #euarenata