O que para muitos deve ser um desafio desagradável, tenho a presunção de afirmar que para mim é um prazer enorme: confeccionar apetrechos artísticos incumbidos aos pais, pela creche do meu filho. A bola da vez era desenvolver uma sacola temática para ser utilizada como "coletora de prendas" pelos pequenos, na correspondente festa junina. Tive o maior cuidado em pesquisar referências no oráculo Google e colocar as asas da criatividade para voarem longe, assim que me encontrei embevecida de inspirações mil. Fiquei imaginando a felicidade do meu filho em carregar pelos cantinhos lúdicos da creche a sacolinha em questão, ostentando o seu simpático semblante. Algo que, a princípio, possa parecer tão insignificante, garanto: não é. Crianças se sentem seguras e orgulhosas em serem prestigiadas, principalmente, pelos seus pais. Veja bem: prestigiadas, enaltecidas, amadas. Nunca mimadas! Há uma grande diferença entre fazer tudo por amor, e deixar o filho fazer tudo que quiser - achando que isso é amor. Amar é resguardar, acalentar e, claro, educar - a parte mais difícil, mais assustadora, mas tão essencial quanto respirar. Não existe nada pior do que uma criança mal educada, sem limites. Acaba se tornando um adulto inseguro por não saber a diferença entre o certo e o errado. Ou, talvez, se tornar desprovido do mínimo de sensibilidade por não ter noção do real significado de bom senso. Que é aprendido através do exemplo empregado a cada instante do dia pelos pais. Um trabalho árduo! Mas quem mandou ter filho? Esperava-se que fosse criado sozinho? Ao relento? Fazendo malabarismo com bolinhas de tênis no sinal de trânsito? Temos a obrigação moral de diariamente: demonstrar aos nossos filhos que sempre estaremos presentes, que eles são sim o nosso maior presente. Que sempre poderão contar conosco, que sempre sentiremos orgulho dos seus feitos, e, que, claro, sabemos que eles não estão livres de defeitos, mas, que, ainda assim, os amaremos de qualquer jeito, porque jeito de amar não existe, o que faz a diferença no adulto de amanhã é o sentimento exteriorizado hoje: em palavras, atitudes e sacolas de festa junina. #eurenata
quarta-feira, 6 de julho de 2016
domingo, 3 de julho de 2016
Ira contida
Pessoas andam com muita raiva contida em si mesmos.
Sentem o prazer mórbido de comentar, se meter, fofocar, gorar, invejar, xingar, matar, nem que seja em pensamento, a respeito, na, sobre, a vida dos outros.
Nesse exato momento estou comentando sobre terceiros aleatórios que possuem esse tipo de comportamento, apenas para reforçar a tese de que sempre temos que falar dos outros, em qualquer ocasião.
Porque é mais fácil do que falarmos de nós mesmos.
Requer um exercício de autoconhecimento profundo onde não serão somente colocadas em evidência as nossas qualidades. Defeitos, muitos defeitos, brotarão em conjunto, das entranhas mais sombrias e inóspitas, também.
Mas pessoas que falam mal de outras, são perfeitas, imagino.
Como se o fato de serem "perfeitas", lhe dessem esse direito. Ou não têm absolutamente nada, mas nadica de nada, que seja minimamente interessante, para fazer, falar, gostar, se ocupar, sobre, a respeito, com a suas próprias vidas.
Pois se assim fosse, por que iriam perder um tempo tão valioso da sua existência - declaradamente nada interessante - para se importar com a profissão exercida por ciclano, ou com a namorada tatuada de fulano? Ou com a sexualidade de beltrano?
Por isso, por mais que você se esforce para se enquadrar num padrão de conduta considerado como "razoável" pela sociedade, tenho notícias para você, meu caro: menos você será aceito.
Porque se o "foco da fofoca", ele mesmo não se aceita, não se garante, não se encara, por que os fofoqueiros de plantão, sem coração, sem razão, sem noção, iriam ter a decência de respeita-lo?
Já não o fazem com quem tem tudo isso e muito mais, vide Cristo; que nem ele, no alto da sua santidade, conseguiu agradar a todos.
Por que você acredita que atingiria tal feito?
Portanto, nunca tente agradar os outros se tal ato consequentemente irá desagradar a si mesmo.
Pessoas desagradáveis, de mal com a sua respectiva vida e com a de todos, sempre existirão.
O que não se pode pregar é um comportamento desagradável de você com você mesmo.
Sob pena de se tornar uma pessoa desagradável tal como e com todos esses outros que tanto falam de todo mundo #euarenata
terça-feira, 28 de junho de 2016
Do alto do seu confortável pedestal...
Olá você aí de cima do seu pedestal.
O que te mantém nele?
Arrogância?
Medo?
Exibicionismo?
Ou a sua luz própria?
O que te faz descer dele?
Humildade?
Reverência?
Amor?
Ou tristeza?
Qual é a sua história?
Se abra!
Saia do seu pedestal.
Pois santo você não é.
Santo fica no céu, bem acima do seu suporte imaginário, onde só você mesmo se suporta.
Você é do tipo que só cria problema?
Enfrenta problema?
Ou supera?
Ataca como um tubarão?
Ou se entoca como um furão?
Por que você só olha os outros de cima?
Acha que isso te ajuda a dar a volta por cima?
Que sina!
Mais sem razão.
Que vai te levar para outra direção, daqueles que não possuem coração.
Não pedem perdão.
Estão acima de qualquer suspeita.
Porque encarar os outros de frente desperta a suspeita de ter que encarar a si mesmo.
De baixo para cima.
Fora da magnitude forjada pelo seu fictício pedestal #eurenata
segunda-feira, 27 de junho de 2016
Pedras e paralelepípedos
Somos todos tijolos, pedras, paralelepípedos, alocados um ao lado do outro nessa estrada longa, nem sempre serena, que é a vida. Somos iguais.
Respiramos, andamos, sonhamos. Cada qual com o seu tipo de objetivo, de acordo com o tamanho da sua ambição, não importa. Somos todos iguais.
Sentimos o mesmo tipo de felicidade, de tristeza, de dor. Sabemos exatamente como é assimilar, nos deparar com todo tipo de sensação, intrínseca e alheia. Pois somos todos iguais.
Sabemos como é se sentir negligenciado, discriminado, sabotado, indesejado.
Então por que semeamos tanta negatividade? Por que há tanta crueldade no mundo? Tanto desrespeito? Por que se interessar tanto no que o outro faz, deseja, almeja, de forma tão improdutiva?
A fé nunca poderia ser utilizada como embasamento para a prática do mal. Muito menos dessa forma desenfreada, por motivos tão torpes, tão sem sentido. Tão sem sentimento.
Como pregar o bem para quem simplesmente não se importa com nada além dos seus princípios distorcidos? Nada comprometidos com a integridade da humanidade?
Só posso pensar que nessa estrada onde todos somos iguais, sempre haverá alguém que será a pedra no caminho ao invés de ser mais uma pedra do caminho. Como deveria ser.
Onde todos, absolutamente todos, somos iguais. #euarenata #lutopororlando #somostodosiguais
terça-feira, 21 de junho de 2016
Vida de filme
Filmes possuem algo que peças de teatro não têm: a visão do personagem capturada de dentro para fora.
Como se estivéssemos usando binóculos conectados diretamente à alma, somos capazes de incorporar qualquer cena em consonância com o ritmo que a trama se desenvolve, geralmente mais pausada que uma interpretação no palco.
Podemos respirar na velocidade do protagonista, passear pelo jardim mais bucólico nos pés do coadjuvante, amar na intensidade da sua acompanhante, ou viajar nas asas de um pássaro figurante.
Filmes nos transportam para uma realidade não tão distante da nossa própria realidade, claro, com a desculpa de poder empregar hora ou outra a tão surreal "licença poética", conceito este onde se enquadra tudo que, a princípio, seria considerado irreal se comparado ao que efetivamente acontece na prática.
Nos filmes tudo pode, com a vantagem de quase sempre tudo terminar bem, para a maioria do elenco. Digo "quase sempre", pois nem sempre é possível interpretar a mensagem final de um filme, de forma uníssona.
Em muitos casos termina de um jeito que só nos resta digerir vagarosamente as nossas conturbadas suposições imersas num clima absolutamente inquisitivo, no estilo "hein?!", concedendo espaço para a nossa mente conceber inúmeras indagações do tipo "É isso? Acabou?". "Mas já?".
E sim, meu caro, sinto-lhe informar que... Acabou. Como em algumas ocasiões na vida, existem filmes que não fazem sentido algum.
Mas os filmes terminam e a vida continua. Com ou sem sentido.
Cabe a você determinar o sentido que quer dar à sua própria vida. E com o benefício de não saber ao certo quando será o seu final.
Por isso não deixe o pouco ou muito tempo que lhe resta, simplesmente passar sem cor, sem direção, sem sentido. Pois corre-se o risco de deixar a sua vida totalmente sem sentindo, como no final de um filme mal acabado.
Faz sentido? #euarenata
domingo, 19 de junho de 2016
Uma luz no fim do tudo
Sempre há uma luz no fim do poço fundo e sombrio que muitas vezes nos encontramos enclausurados, afundados, petrificados.
A nossa mente nos confunde, direcionando o nosso olhar para os lados. Para baixo. Até para frente.
Mas como, dentro de um buraco negro, seremos capazes de ver o que está nos aguardando bem diante dos nossos olhos? Ainda não evoluímos o suficiente para enxergar na penumbra de forma 100% eficaz.
Por vezes até nos tornamos reféns dos nossos próprios pensamentos obscuros, chegando, inclusive, a nos sentirmos como morcegos divagando pelo escuro. Nos debatendo de um extremo ao outro da caverna que nós mesmos nos aprisionamos.
Mas os morcegos se guiam por uma poderosa engenhoca: seu sonar interno. Arriscaria opinar que em termos humanos, seria algo comparado ao nosso sexto sentido.
Não temos a mínima ideia de onde ele fica localizado dentro da gente. Seria na parte racional do cérebro? Ou emocional? Seria dentro da alma? Ou do coração?
Em silêncio, podemos escutar a voz do sexto sentido ecoar no nosso interior, se chocando com os nossos mais profundos sentimentos. Aqueles que insistem em nos colocar para baixo. Nos forçando a olhar para o chão. Nos fazendo acreditar que não há mais solução.
Cansado de vê-lo sofrer de cegueira psicológica inconsciente, o sexto sentido resolve entrar em ação, colocando em prática a sua intrínseca sabedoria.
E revela, sussurrando para a sua consciência, o segredo mais notável de todos: "_Olhe para cima!". E então... Você finalmente vê a luz. #euarenata
sexta-feira, 10 de junho de 2016
Dia, Mês, Ano dos Namorados
Declaro sim publicamente o meu amor por você. Porque nunca deixei de afirmar intimamente o quanto te amo.
Exibo sim, o nosso amor. Que nunca tive a audácia de fantasiar que é perfeito, mas, sem dúvida alguma, é único.
Somos desajeitados que se ajustam da melhor forma às mudanças de comportamento e temperamento, desmoldados com o passar do tempo.
O erro mais fatal para um casal é do homem achar que a mulher nunca irá mudar e da mulher acreditar que o homem irá.
Ainda bem que sempre descartamos a possibilidade de cultivar esse tipo de bordão, já que nós mesmos somos consortes totalmente fora do padrão.
Berramos um com outro, mas nunca nos desrespeitamos.
Roupa suja se lava em casa no autêntico estilo OMO Multiação, jogando limpo, sendo transparente, lavando literalmente a alma depois de esfregar na cara do outro toda a sujeira impregnada, numa só tacada, direto e reto de acordo com o legítimo modus operandi do ariano: não temos nada a temer, nenhuma imperfeição a esconder, pois ela está à mostra para quem quiser aprender que em todo amor há dor, que se cura nada mais nada menos com o próprio amor.
Não somos fachada, somos o que somos aqui e ali. Originais, nunca cópia de ninguém.
E se a inveja - dos outros - mata, que seja para morrer infinitamente nos seus braços... De amor #eurenata #mesdosnamorados
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