quarta-feira, 6 de julho de 2016

Amor na sacola


O que para muitos deve ser um desafio desagradável, tenho a presunção de afirmar que para mim é um prazer enorme: confeccionar apetrechos artísticos incumbidos aos pais, pela creche do meu filho. A bola da vez era desenvolver uma sacola temática para ser utilizada como "coletora de prendas" pelos pequenos, na correspondente festa junina. Tive o maior cuidado em pesquisar referências no oráculo Google e colocar as asas da criatividade para voarem longe, assim que me encontrei embevecida de inspirações mil. Fiquei imaginando a felicidade do meu filho em carregar pelos cantinhos lúdicos da creche a sacolinha em questão, ostentando o seu simpático semblante. Algo que, a princípio, possa parecer tão insignificante, garanto: não é. Crianças se sentem seguras e orgulhosas em serem prestigiadas, principalmente, pelos seus pais. Veja bem: prestigiadas, enaltecidas, amadas. Nunca mimadas! Há uma grande diferença entre fazer tudo por amor, e deixar o filho fazer tudo que quiser - achando que isso é amor. Amar é resguardar, acalentar e, claro, educar - a parte mais difícil, mais assustadora, mas tão essencial quanto respirar. Não existe nada pior do que uma criança mal educada, sem limites. Acaba se tornando um adulto inseguro por não saber a diferença entre o certo e o errado. Ou, talvez, se tornar desprovido do mínimo de sensibilidade por não ter noção do real significado de bom senso. Que é aprendido através do exemplo empregado a cada instante do dia pelos pais. Um trabalho árduo! Mas quem mandou ter filho? Esperava-se que fosse criado sozinho? Ao relento? Fazendo malabarismo com bolinhas de tênis no sinal de trânsito? Temos a obrigação moral de diariamente: demonstrar aos nossos filhos que sempre estaremos presentes, que eles são sim o nosso maior presente. Que sempre poderão contar conosco, que sempre sentiremos orgulho dos seus feitos, e, que, claro, sabemos que eles não estão livres de defeitos, mas, que, ainda assim, os amaremos de qualquer jeito, porque jeito de amar não existe, o que faz a diferença no adulto de amanhã é o sentimento exteriorizado hoje: em palavras, atitudes e sacolas de festa junina. #eurenata

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