Em todos os sentidos. O Brasil
poderia ser o melhor país do mundo. Possui as mais belas paisagens e mulheres;
o povo mais hospitaleiro de todos; uma
gastronomia de dar água na boca; um carnaval notoriamente conhecido
globalmente. “Yes, nós temos bananas”, como diria João de Barro, para dar e
vender. Não mais a preço de banana, mas a preço de caviar. Está caro morar
aqui, não por menos, estamos pagando a conta daqueles que gastam o nosso
orçamento em despesas superficiais a
exemplo do absurdo “auxílio terno”, sem terem sequer se dado ao trabalho – o
que não é novidade, pois de “trabalhador” mesmo, só o nome do partido - de
abrir um plebiscito para saber se eu realmente gostaria de gastar parte do
dinheiro público, que sai, by the way,
do meu bolso, para entrar no bolso de quem até pode vestir um Armani para
tentar impor um certo respeito, mas que acaba perdendo todo o meu respeito, ao enfiar
os dólares provenientes de lava-jatos e propinodutos, na sua cueca Calvin
Klein. O pulmão do mundo, a nossa compartilhada - com os gringos - Amazônia, brevemente precisará
de um transplante. O Brasil desperdiça talentos, por falta de investimento;
água, por falta de conscientização; e, dinheiro, por falta de vergonha na cara.
Do povo. Sim, do povo, pois ele é total responsável por colocar nossos
políticos sanguessugas em Brasília. Basta oferecer uma dentadura nova, uma
camiseta estampada, ou uma cesta básica abarrotada, para o leilão dos votos
começar. Mas a culpa é exclusivamente da gente? Ou da doença que acomete o
Brasil há anos: a corrupção? Aquela que segue à risca o princípio do “farinha
pouca, meu pirão primeiro”? Ou, será, que todas essas ações vexatórias e inescrupulosas
deram início com o tipo de colonização “ora, pois, pois” exploratória que
tivemos? Difícil saber, assim como quem
veio primeiro, o ovo ou a galinha. Só sei que o nosso ovo tá podre e a nossa
galinha depenada. Não temos educação, pois um povo ignorante acaba virando “vaquinha
de presépio” dos presidentes Mulas da vida, que veem a oportunidade de comprar
todas as urnas, ao distribuir peixes ao invés de varas de pescar. Acho hilário
como para ser médico, advogado,
engenheiro, tem que ser formado, ter um diploma. Todas essas profissões cuidam
direta ou indiretamente da vida de pessoas. Já o presidente deste País, que
supostamente tem a incumbência de tomar conta de toda uma nação, não precisa
ter o mínimo de grau de instrução. Então tudo vira um triste ciclo-vicioso:
quem não tem educação, não educa, por sua vez, os seus respectivos filhos. Crianças,
com todo potencial para se tornarem líderes, acabam virando reles malabaristas
de ruas pedindo esmolas, isso quando não resolvem se debandar para o caminho
fácil do tráfico ou do roubo – a mão armada. A sociedade falhou com eles, e os
pais deles também. Nessas horas sinto-me numa savana africana, onde cada bicho
tem que se defender da maneira que pode, mas até os animais protegem os seus
bandos com mais dedicação e cuidado, que os humanos. Aqui no Brasil, não muito
diferente das lamentáveis guerras que acontecem na Síria, e que são divulgadas
ostensivamente, em âmbito mundial, enfrentamos um caos diário ofuscado, abafado
convenientemente pela mídia, vulgo, "Quarto Poder". Tenho medo de circular de carro com meu filho, e
acontecer o pior. Tenho medo de ficar em casa, e acontecer o pior. Tenho medo
de ir para uma festa qualquer na noite carioca, e acontecer o pior. Tenho medo
de pedir ajuda para um policial, pois não sei o que é pior: lidar com um
bandido mascarado ou ficar na companhia de um bandido escancarado. E como tudo
aqui acaba em pizza, com sabores que variam desde a frustração à impunidade
absoluta, só nos resta rezar para não estarmos na hora errada e no local
incorreto, à margem do mal escondido, pronto para atacar. Já tive orgulho de
ser brasileira. Hoje me considero uma apátrida, me divorciei do Brasil, na vibe do filme "Bye, bye, Brasil". Pois o Brasil nos
abandonou. E a única luz que vejo no fim do túnel, é a do Aeroporto Internacional
Tom Jobim. Se ainda tiver lugar para mim.
Sugiro que vá para qualquer país do continente Africano ou do Oriente medio.
ResponderExcluirA Síria por exemplo!!!
Se quiser emoções mais fortes, Afeganistão é,também, excelente pedida.
Um abração carioca,Rio de Janeiro ,Brasil.
Olá Paulo, muito obrigada pelo seu comentário, mas se você leu o meu post com atenção, não estou em busca de emoções mais intensas na minha vida, pelo contrário - o Brasil já me deixa diariamente estressada e estarrecida o suficiente. Sei que infelizmente existem locais muito piores do que o Brasil, assim como existem bem melhores também. Como eu moro aqui, pago impostos aqui, tenho que aturar a corrupção constante daqui, resolvi levar em consideração os parâmetros acima e fazer um simples e despretensioso desabafo. Admiro brasileiros, como você, que não admitem críticas ao seu País de coração e que o defendem com todo o afinco. Eu simplesmente desisti!
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