sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Ouse

 
#Dare2BeDifferent. Sobre esse quadro que me acompanha há quase 30 anos. 
Foi amor à primeira vista, tão logo o avistei na loja.
Não somente pelos dálmatas obviamente fofos da fotografia.
Mas por todo peso que carrega em seu simbolismo.
Que ainda, criança, claro, não poderia compreender toda a extensão dessa poderosa frase: "Ouse ser Diferente".
Mas que aos 34 anos de idade, tais palavras se tornaram uma bela tatuagem. De tanto que me representam.
Sou igual, mas um ponto fora da curva.
Sou diferente, mas amo, sofro como qualquer um.
Tento ser um colorido, no meio de tanto preto e branco.
Autêntico, dentre tantas ações programadas.
Ser você mesmo, quando todos os demais quiserem ser outros que não sejam si próprios.
Sempre fui o que fui sem medo de ser. 
Nunca puxei saco para ganhar amizade ou emprego.
Quem gosta de mim, gostou de cara. Quem não gostou, provavelmente não irá gostar. Pois aqui, ninguém irá mudar.
Qualidades, defeitos, se mostram continuamente, mais evidentes, principalmente com passar do tempo. Mas a essência? Continua a mesma.
Diferente entre tantos iguais.
Em torno de tanta previsibilidade. 
Não à toa que ao encontrar amigas de todas as minhas idades, agimos como se tivéssemos acabado de nos ver no mesmo dia, mesmo que, anos depois.
Pois nos reconhecemos nas nossas diferenças. 
Que inicialmente nos juntou.
E nos manteve unidas.
Diferenças, sempre admiradas.
Acima de tudo, respeitadas.
Garotas com personalidade.
Firme. Não necessariamente, forte.
Tem coisa pior do que a pessoa se achar a líder e querer ditar as suas manias? Maneiras? Para suas supostas amigas? 
Os famosos clubes das "luluzinhas". Eca.
Nunca obedeci ninguém. Nem mandei em ninguém.
Pois quem é amigo? Acompanha. De perto. Ao lado.
Todas as diferenças que se complementam. 
Tem tirano que acha que é líder. 
Forçando diferentes a se tornarem iguais.
Mas líder inato não precisa impor ou competir com ninguém. Pois os outros o acompanham pelo que ele é.
Nunca o seguem, entendem?
Pois somos iguais, porém diferentes.
Iguais, na nossa humanidade.
Diferentes, nas escolhas.
Nunca o inverso.
Tem que ter peito para ser diferente.
E ganhar respeito.
De graça.


Esquizofrenia mental


Minha cabeça não para.
São pensamentos de todo o tipo sendo sussurrados aos sete ventos,
Na minha alma,
No meu coração,
Nos meus sentimentos que sentem de verdade todo o peso da realidade.
Realidade presente,
Realidade paralela,
Quem nunca se sentiu vivendo fora do corpo?
Como se atendesse mecanicamente comandos do além.
Fazendo o que se sabe ser certo.
Agindo como esperam.
Maquiando, além de fora, tudo por dentro.
Enchendo um vazio com mais solidão.
Nem tudo é perfeição.
E antes que céticos que não se permitem dizer serem curiosos desconfiem, sim fico triste por muitas vezes, por motivos que nem desconfio. 
Não há uma razão em específico. 
Não se trata de depressão.
Nem de bipolaridade.
Nem TPM.
Um pouco, talvez, de ataque de ansiedade enrustida.
Pois absorvo involuntariamente tantas cenas, comportamentos, conversas ao meu redor...
Meu Deus, como existe tanta falsidade, volatilidade, futilidade. Como pode?
Então uma angústia de origem não identificada me aflige vez ou outra...
Me abro de dentro pra fora agora, porque desafio o mundo. Que vive de encanto. Do seu canto, divulgando amenidades para os quatro cantos de todo o resto do mundo.
Como pode? A minha voz interna indaga. Como pode haver tantos artifícios de alegria inventada que se sustentam na vaidade dos olhos de outros que se agarram em tudo que não seja a sua própria vida.
Questionamentos fuzilam a minha mente, dia e noite, tentando me fazer responder o por quê de tudo que não faz sentido.
E que nunca fará. 
Elucubrações que me atormentam.
Não compreendo.
Porque pessoas mudam.
Sentimentos vivem mudando.
E a vida que... Segue.
Isoladamente desgovernada.
Imundamente asseada.
Antagonicamente deslavada.
Complicado tudo isso.
Poucos entenderão.
Poucos absorverão.
A dificuldade que é de se ler sua própria mente.
Imagine, então, dos outros?
Não tente entender o que pensam de você.
Pois, veja bem, meu bem: nem você se entende.


Disse tudo


"Não se preocupe em ser um homem com êxito, e sim com valores" (Albert Einstein).
Pois o resto virá naturalmente.
Acredito nessa premissa, piamente. Incontestavelmente.
Cada vez mais, com o passar do tempo.
Não se deve buscar o sucesso acima de qualquer valor.
O dinheiro nunca deveria prevalecer sobre o amor:
A si mesmo;
Aos outros,
À família,
À saúde,
À profissão,
Pois, no fundo, só causa dor.
Vazio.
O mal do mundo não é o dinheiro.
É o amor a ele.
A algo que, sim, traz conforto.
Mas nunca:
Trará felicidade,
Amigos de verdade,
Êxito.
O êxito é um resultado bem sucedido.
Para se alcançar o êxito tem que se fazer o bem.
Para si mesmo.
Para tudo.
Para todos.
Não há como ser bem sucedido sendo do mal.
Aparentemente, sim.
Mas no interior? Nunca haverá paz.
Pois sempre existirá um conflito interno, entre o bem e o mal. O anjinho e o diabinho.
Um te elevando,
O outro te afundando.
Tudo, é uma questão de tempo.
O que se ganha rapidamente, se perde mais rápido ainda.
Pois conquistas?
Se perdem de vista, até alcançá-las.
Pode demorar, mas quando acontece?
Existe um alicerce.
Uma estrutura que te segura: o valor.
O dinheiro não vale nada nas mãos de quem é desprovido de valor.
O dinheiro, já sujo, se torna imundo.
E não se compra valor com ele.
Valor é qualidade, que desperta admiração alheia.
É talento,
É coragem,
É ser respeitado.
Por si,
Pelos outros.
É o caminho despretensioso,
Consistente,
Do êxito.
Já dizia o gênio.
#euarenata

Descabelando a palhaça


Sou daquelas que adora fazer piada de si mesma. 
Adoro uma palhaçada inusitada.
Adoro me surpreender, surpreendendo os outros.
Positivamente, lógico.
De negativo, o mundo tem muito.
De positivo, também.
Só que é muito mais fácil ser triste num mundo infeliz, do que ser alegre num mundo perdido.
É menos desafiador desistir.
É menos problemático jogar a toalha.
É menos trabalhoso deixar de amar.
É menos cansativo ser morno.
Quero ver:
Fazer rir, até se esvair.
Abraçar, até esmagar.
Amar sem medida,
Acreditar sem cansar,
Elogiar até cansar,
Dar valor,
Dar calor,
Agradecer, sem pudor!
Agradecer por simplesmente estar aqui!
Fazendo palhaçada, que vida mais engraçada!
Se eu fosse cabeluda, seria assim, ó!
Perda de tempo?
Nada!
Tô angariando alegria!
Aceito doações!
Quanto mais se doa,
Mais se contagia,
O dia de alguém que acreditava de menos não poder doar de mais,
Seu coração,
Que tudo que mais precisava,
Era de um sorriso amigo,
Para se sentir bem vivido.
Muito bem-vindo!
Que minha singela palhaçada, torne sua percepção repleta de ilusão,
Ilusão boa,
Que faz sonhar,
Acreditar,
Realizar,
O seu presente, que será meu presente,
Embrulhado de risos.
Mas que belo sorriso, você tem!
Acredite.
#euarenata


Jingle Bells



Desde começo de novembro estamos em clima de Natal, mas só agora consegui parar para fotografar detalhes da nossa decoração. Na moldura de colagem do aplicativo não couberam todas as fotos que tirei, já que foram muitas.
Aqui a gente leva a sério enfeitando absolutamente todos os cantos possíveis. Fazendo qualquer um se sentir no Pólo Norte tropical.

Remetendo, de lambuja, à minha infância, passada em país de clima bem frio, o qual me relembra, em especial, da neve. 
A neve é incontestavelmente mágica para qualquer criança.
Vê-la caindo devagarzinho pela janela, toda translúcida, acomodando-se lentamente nos galhos de um majestoso pinheiro. Ou mesmo senti-la na imaginação, na minha opinião, não existe nada mais natalino do que a neve.
A lareira acesa com as meias temáticas penduradas, apenas aguardando o momento certo de serem abastecidas com as mais diversas prendas, guloseimas.
Ah, e a árvore? Simplesmente impera! O centro de tudo, enfeitada com todo tipo de penduricalho, brilho, alegria. 
Presentes que a cercam deixando mais do que presente o clima de troca e solidariedade.
É a época do ano que mais admiro. 
Que mais me envolvo. 
O Natal, que permite a minha criança interior que nunca adormeceu voltar ainda mais fortalecida, vívida. Ainda mais agora, através dos olhos de outra criança de verdade, meu filho.
Não há satisfação maior do que testemunhar todo seu lado inocente, lúdico.
Ao escrever a carta para o Papai Noel. Juntos.
Ao tirar a tão manjada foto com o Papai Noel. Juntos.
Ao juntar brinquedos e roupas usados (ou não) para dar aos que realmente precisam. Juntos.
Ao comprar os presentes de amigos e familiares. Juntos.
E ao passar esse momento tão especial, juntos. Na melhor companhia: em família.
Um viva ao Natal, que nos faz agir melhor com tudo, despertando uma versão ainda melhor de nós mesmos, além do Natal.

A primeira colocada


Família, em primeiro lugar.
Sempre.
Mas o que realmente determina uma família?
O sangue?
Ou a convivência?
Às vezes, ambos calham de coincidir.
Muitas vezes não.
Por vezes, o sangue da família é frio, ou não se mistura.
Muitas vezes escolhemos a própria família. Não necessariamente pelo mesmo sangue.
Mas pelo abraço quente.
Pela mistura, sem mimimi.
Pelo olhar sincero.
Pelo mau humor que existe.
Pela alegria que persiste.
Principalmente pelo próximo.
Infeliz é aquele que não se sente infeliz pela infelicidade do outro.
Parente ou não, certamente deixa a desejar em matéria de empatia.
Ser humano não predispõe tê-la.
Até macacos, passarinhos, cachorros são mais sensíveis do que muito (ser que não é) humano por aí.
Família, sendo de sangue ou não, se escolhe.
Podemos nascer na família mais perfeita de todas, mas se faltar amor, união, atenção, tal composição redundará no seu próprio conceito ditado pelo dicionário: grupo de pessoas ligadas pela mesma ancestralidade. Que vivem sob o mesmo teto.
Algo tão distante, mesmo morando sob o mesmo teto, ainda que ligadas pela mesma árvore genealógica.
Família é quem te liga sempre.
Quem passa por cima do orgulho ferido, acima de tudo.
Família é seguir os mesmos princípios e valores, de forma honesta, coesa.
Família é ter cerimônia até certo ponto, para se manter o convívio saudável. Não pode faltar, ao ponto de se tornar inconveniente, nem transbordar, ao ponto de não se fazer transparente.
É tratar com respeito.
É se preocupar: para onde vai, que horas volta, com quem vai.
É não jogar nas mãos de Deus, o desígnio que deveria ser exercido por si mesmo: como mãe, pai ou filho. Como família!
Família é perdoar, pois se sabe o seu real valor: não tem preço.
Imperfeita, mas eleita, porque é onde você se encontra quando está perdido.
Pois é acolhido.
Ouvido.
Por quem sempre irá lhe amar, em qualquer circunstância ou lugar.
Família são pessoas que vivem ou não sob o mesmo teto, independente de sua ancestralidade.
Família são indivíduos que sempre serão próximos, mesmo separados - pelo sangue ou não.
#euarenata 


quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Original 90's


From the series #livethepresent, I decided to give me as a present this treat that I so appreciate: retro roller blades! For those whom might not know, I started to rollerskate when I was around 4 years old, and is pretty much like riding a bike: once learned never fogortten! I always preferred four wheel roller skates to the inline ones, so now I can only make this hobby by which I always have been passionate, a habit. Who will come along with me? -- 

Da série #vivaopresente decidi me dar de presente esse mimo que tanto aprecio: patins retrô! Para quem não sabe, comecei a andar de patins com uns quatro anos de idade, e é que nem andar de bicicleta: uma vez aprendido nunca esquecido! Sempre preferi o de 4 rodas ao inline, então agora só me resta tornar esse hobby pelo qual sempre fui apaixonada, um hábito. Quem vai me acompanhar?