sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Esquizofrenia mental


Minha cabeça não para.
São pensamentos de todo o tipo sendo sussurrados aos sete ventos,
Na minha alma,
No meu coração,
Nos meus sentimentos que sentem de verdade todo o peso da realidade.
Realidade presente,
Realidade paralela,
Quem nunca se sentiu vivendo fora do corpo?
Como se atendesse mecanicamente comandos do além.
Fazendo o que se sabe ser certo.
Agindo como esperam.
Maquiando, além de fora, tudo por dentro.
Enchendo um vazio com mais solidão.
Nem tudo é perfeição.
E antes que céticos que não se permitem dizer serem curiosos desconfiem, sim fico triste por muitas vezes, por motivos que nem desconfio. 
Não há uma razão em específico. 
Não se trata de depressão.
Nem de bipolaridade.
Nem TPM.
Um pouco, talvez, de ataque de ansiedade enrustida.
Pois absorvo involuntariamente tantas cenas, comportamentos, conversas ao meu redor...
Meu Deus, como existe tanta falsidade, volatilidade, futilidade. Como pode?
Então uma angústia de origem não identificada me aflige vez ou outra...
Me abro de dentro pra fora agora, porque desafio o mundo. Que vive de encanto. Do seu canto, divulgando amenidades para os quatro cantos de todo o resto do mundo.
Como pode? A minha voz interna indaga. Como pode haver tantos artifícios de alegria inventada que se sustentam na vaidade dos olhos de outros que se agarram em tudo que não seja a sua própria vida.
Questionamentos fuzilam a minha mente, dia e noite, tentando me fazer responder o por quê de tudo que não faz sentido.
E que nunca fará. 
Elucubrações que me atormentam.
Não compreendo.
Porque pessoas mudam.
Sentimentos vivem mudando.
E a vida que... Segue.
Isoladamente desgovernada.
Imundamente asseada.
Antagonicamente deslavada.
Complicado tudo isso.
Poucos entenderão.
Poucos absorverão.
A dificuldade que é de se ler sua própria mente.
Imagine, então, dos outros?
Não tente entender o que pensam de você.
Pois, veja bem, meu bem: nem você se entende.


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