quinta-feira, 3 de novembro de 2016

País de zumbis


Não consigo ser indiferente à nossa frágil mortalidade. 

Me abala emocionalmente saber que embora a expectativa de vida da população brasileira tenha se elevado em relação aos seus primórdios, de nada adianta ser uma pessoa saudável numa cidade doente.


Em estado quase terminal.


Onde bactérias munidas de fuzis mais potentes que dos leucócitos, atacam hemácias indefesas vilmente, ao esmo.


Essa dentista, de 37 anos, que morreu ontem ao ter tido a infelicíssima ideia de tentar fugir de bandidos armados até os dentes, no Alto da Boa Vista, foi baleada covardemente. Dezessete tiros tiraram a sua vida. Dezessete!


Uma cidadã inocente, chamada Priscilla. Que a única arma que possuía era o seu carro, que tentou usar como uma frustrada opção de proteção para correr do seu destino sombrio que a aguardava bem à sua frente.

Bandidos que não perdoam, que matam à metralhada, porque pensam "perdeu "prayboy"! Seu bem mais precioso: a vida.


Só porque ela não quis emprestar o seu brinquedo para esses moleques continuarem brincando de "pega ladrão". 


Aí adentremos naquele discurso furado de que a culpa de serem assim, é da sociedade. Coitados, que cresceram desde sempre numa selva. Numa savana que eu, contribuinte, que pago impostos tão elevados para o governo investir no que deveria ser investido, e talvez, esses bandidos não se tornarem bandidos, sofro com o tiro que saiu pela culatra.

Já que, com educação? Pessoas passariam a refletir se teriam condições de criar um filho. Não colocariam mais 100 deles no mundo para se criarem sozinhos no escuro. Sim, eles nascem puros. Mas que sem educação nem bom exemplos, inevitavelmente começarão a agir de acordo com o seu instinto mais animal. Mas aí seriam menos votos comprados, né?


E antes que humanistas me bombardeiem, respondo: sim, também acho que a sociedade tenha que ajudar. Mas nunca, tomar conta sozinha de toda uma população largada à própria sorte.


Já que destinamos um dinheirão aos cofres públicos, que acabam sorrateiramente parando em contas privadas de bancos suíços.


Bem longe deste pobre País.


Abandonado, com todo o descaso, pelo principal progenitor que deveria cuidar dele: nossos bolsos.


Choque Enérgico


Humanos são lâmpadas plugadas em tomadas alimentadas pela sua própria consciência.

Que oscila inevitavelmente entre dois pólos extremos: negativo e positivo.


Temos a faculdade de consumir o tipo de energia que direcionamos para a gente.


Entenderam? Podemos escolher que tipo de potência será emanada para a nossa mente.


E nada mais energizante do que acender a luz do pensamento bom.


Faz tão bem!


Contagia tudo com o melhor de nós mesmos.


No entanto, basta um mero pensamento ruim para contaminar todo o resto.


Nos eletrocutando com o pior de nós mesmos.


Nossa energia nos denuncia.


Para o bem ou para o mal.


Não haverá sorriso mais belo que esconderá a tristeza mais profunda.


Não haverá raiva mais contida que um dia não irá demonstrar toda sua ira.


Não haverá comportamento diferente que mudará sua alma que teima em agir da mesma forma persistente.


A energia tem que estar em sintonia: com você de fora e o seu eu de dentro.


E quando um resolve se conectar ao outro? 


Só se vê luz, em qualquer escuridão.


Ninguém será capaz de apagar:


Sua emoção,


Sua opinião,


Nem de te deixar na contramão.


Pois você passará a ter o domínio do extremo que quer se sintonizar:


Negativo?


Positivo?


Cabe a você, somente a você:


Determinar se quer viver de contagiar todos com a sua luz,


Ou contaminar tudo com toda a sua escuridão.


Por que a lâmpada que se conecta à sua consciência?


É você mesmo.
#euarenata


Playlist de sempre: Rock



Se Deus permitir, um dia me tornarei uma versão cool dessa "véia" aí embaixo. Com o rock pulsando eternamente nas minhas veias. Antes mesmo de nascer, a minha mãe teve num show um pedaço de guitarra do Jimmy Hendrix lançado em direção à sua cabeça. E ainda presenciou aquele episódio épico do The Doors onde o Jim Morrison resolveu cantar "Light my Fire" como veio ao mundo, apenas usando um cinto como adereço. Na minha adolescência? Eram Nirvana, Pearl Jam, Foo Fighters, Midnight Oil, Beastie Boys, Guns's Roses, Silver Chair, Metallica e até Sepultura, dentre as minhas bandas favoritas.

Quando estava grávida - sem saber ainda - meu marido e eu fomos ao melhor show de réveillon de nossas vidas, em Las Vegas, do Red Hot Chili Peppers. E ainda tivemos a oportunidade de tirar foto e trocar uma ideia com o baterista deles, Chad, que estava hospedado no mesmo hotel que o nosso. Como não iria me apaixonar por esse gênero musical que sempre esteve comigo mesmo antes de eu existir? Sério. Consigo enxergar o rock de olhos fechados, experimentando toda a sua utópica energia no seu nível mais elevado.

Me forçando com a potência do seu berro característico, a colocar todos os meus demônios para fora.

Por isso resolvi compartilhar uma parte da playlist que costumo ouvir:

- Para se rebelar: "You Know You're Right" (Nirvana)
- Para voar: "Silent Lucidity" (Queensryche)
- Para beijar: "Blood, Sugar, Sex, Magik (Red Hod Chili Peppers)
- Para agradecer: "Gratitude" (Beastie Boys)
- Para um dia mais sombrio: "Vermilion" (Slipknot)
- Para voltar à infância: "Once Upon Along Ago" (Paul McCartney)
- Para se divertir: "Puteiro em João Pessoa" (Raimundos)
- Para surtar: "Roots Bloody Roots" (Sepultura)
- Para viajar por aí: "Everlong" ( Foo Fighters)
- Para namorar: "Abuse Me"
(Silver Chair)
- Para refletir: "Black" (Pearl Jam)
- Para se apaixonar: "Black Balloon" (Goo Goo Dolls)
- Para delirar: "Lullaby" (The Cure)
- Para gritar: "Crawling" (Linkin' Park)
- Para romantizar: "Blurry" (Puddle of Mud) -Para pular: Liztomania (Phoenix)
- Para desacelerar: "Time Stand Still" (Rush)
- Para se empoderar: "Sympathy for the Devil" (Rolling Stones).

Num próximo post tem mais! 

sábado, 29 de outubro de 2016

Halloween Feelings


Booooooo... I dare you to post a very nasty picture. 
Not an evil one.
Nor porn one.
Nor sexy type of one.
I dare you to post a photo as you are without makeup. 
Clean as a glared angel.
But showing your most darkest glance.
Your ugliest side.
Your plain human feature.
Watch out and reach out for the monster that feeds itself with all your darkest feelings.
He's greedy.
So take care, sweetie.
Don't you ever forget to watch your back.
Booooooo...
Are you scared to display your real you?
I'm not.
I am many people in just one body.
Which owns one bared soul.
And it could be the most naked one, without taking one single piece of my clothe off.
I'm not afraid to present you my most profound scars.
Deepest fears.
My bad humor.
Vulnerability.
And why not? My lovely psycho face.
Couse' think it through babe:
I am just another version of you.
With no mask.

#euarenata
#merenata

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Velha Infância


A infância nunca deveria envelhecer. Apenas amadurecer com as experiências adquiridas ao longo do tempo.
Rir do à toa, como fazíamos sem medo de errar, de alarmar, de envergonhar.
Explorar o inexplorável, aos olhos dos adultos. Que matam a infância com a seriedade elevada ao nível mais extremo.
Que condenam brincadeiras por se sentirem desajeitados por não serem capazes de se conectar com suas próprias emoções.
Mais primitivas.
Inocentes.
Adultos que passam a demonstrar carinho de menos por não se permitirem revelar emotivos demais.
Brincar de brincar, então? Nem pensar. Muito infantil para o gosto do adulto seco. Como a folha de outono que perdeu a vida ao se separar do seu galho que a ligava às suas raízes.
Às suas sensações mais cativantes.
Alegria que pula.
Energia que não acaba.
Ser criança é ter maturidade para perceber que não importa o quanto algo seja ou não importante. Tudo importa.
Tudo é encarado com magia.
Nunca com mágoa. Que infantilidade.
Sejamos adultos mais crianças, menos infantis.
Mais abertos, menos fechados.
Para a infância que sempre permaneceu dentro da gente.
Adultos que cresceram e esqueceram do mais essencial de toda sua existência: sua própria essência, nossa velha infância.
#euarenata

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Um poder só seu...


Empoderamento. 
Não estou me referindo à expressão utilizada exaustivamente nas causas defendidas pelo feminismo. 
Nem àquela definida pela capacidade do indivíduo conseguir viver a vida que deseja, ao se encontrar livre de restrições externas.
Se checarmos a origem de tal vocábulo, verificaremos que adveio da tradução de "Empowerment", que significa basicamente: delegar poder; ou possibilitar e/ou permitir. Muito mais simplista, não?
Por ter absoluta aversão a rótulos, se tivesse que definir por conta própria a "palavra da moda" empoderamento, enxergaria como a faculdade de se enaltecer internamente visando causar um impacto externo. Em algo. Em alguém.
Nascemos "emponderados". Só não sabemos disso, pois não constitui uma disciplina abordada nas instituições de ensino. É o tipo de ensinamento que aprende-se na escola da vida. Antes tarde do que nunca, assimile:
Você tem o poder.
De ser o que é,
De enxergar o lado bom de tudo,
De superar qualquer tristeza,
Enfrentar qualquer desafio,
De conquistar o que deseja,
De amar infinitamente,
De cuidar de si,
De tomar conta dos outros,
De trabalhar alegremente,
De criar o seu próprio destino,
De festejar cada minuto respirado.
Você tem o poder, e somente você tem esse poder para se empoderar.
De passar a ter domínio da sua própria vida, independente de haver ou não obstáculos externos.
Independente do que a feminista entender ou o machista sustentar.
Independe de terem ou não te delegado poderes (adicionais).
Independente de parecer impossível.
Tudo é possível para esse poder.
O seu poder: de acreditar para ver acontecer.
Esse poder tem nome: fé.
E sobrenome: você.
O poder de ter fé em si mesmo.
Através do seu próprio empoderamento, tomando posse do que há de melhor em você: você mesmo
#euarenata

Dieta das palavras




A alma também precisa optar por um cardápio gramático diário para ser adotado na rotina da sua dieta comunicativa. 

Seja fit, apenas se for para falar o essencial.

Seja guloso, só se for para encher de elogios.

Nutra a sua autoestima com mais amor.

Vomite os maus pensamentos para fora da sua mente.

Diga o que você pensa, sempre. Mas só se não ficasse intoxicado, caso fosse você quem tivesse de escutar o que tem a dizer.

Preocupe-se confeitando tal preocupação com a doce gentileza. 

Seja ácido, apenas se envolver humor cômico. Nunca humor negro - um tempero que, por si só, já é muito ácido. Diria até, descartável.

Nas suas palavras? Junte ingredientes saudáveis como bom dia, por favor, obrigado. Pode abusar no obrigado! Faz muito bem!

Não tenha pressa em falar rápido. Quem tem pressa, fala cru.

Também não guarde para si palavras que poderiam ter sido ditas antes. Você pode se queimar depois, de tanto que deixou assa-las.

Engorde-se de paz de espírito.

Faça uma rigorosa dieta de tudo que te faz passar mal. E não estou me referindo somente a comida. 

Feche a boca mesmo, se tiver o ímpeto de falar mal de alguém. Palavras são como bumerangues: vão leve como a brisa e voltam pesadas como a tempestade, te acertando em cheio com muito arrependimento.

Arrote alegria! E bem alto!

Engula somente o egoísmo, o desrespeito, o orgulho ferido. Nunca, sapos.

Fale sempre, escutando.

Escute sempre, se calando.

Diga a verdade, sempre.

Principalmente?

Para si mesmo.

Mentir para os outros é um veneno.

Mentir para si mesmo?

É se envenenar.

#euarenata