quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Velha Infância


A infância nunca deveria envelhecer. Apenas amadurecer com as experiências adquiridas ao longo do tempo.
Rir do à toa, como fazíamos sem medo de errar, de alarmar, de envergonhar.
Explorar o inexplorável, aos olhos dos adultos. Que matam a infância com a seriedade elevada ao nível mais extremo.
Que condenam brincadeiras por se sentirem desajeitados por não serem capazes de se conectar com suas próprias emoções.
Mais primitivas.
Inocentes.
Adultos que passam a demonstrar carinho de menos por não se permitirem revelar emotivos demais.
Brincar de brincar, então? Nem pensar. Muito infantil para o gosto do adulto seco. Como a folha de outono que perdeu a vida ao se separar do seu galho que a ligava às suas raízes.
Às suas sensações mais cativantes.
Alegria que pula.
Energia que não acaba.
Ser criança é ter maturidade para perceber que não importa o quanto algo seja ou não importante. Tudo importa.
Tudo é encarado com magia.
Nunca com mágoa. Que infantilidade.
Sejamos adultos mais crianças, menos infantis.
Mais abertos, menos fechados.
Para a infância que sempre permaneceu dentro da gente.
Adultos que cresceram e esqueceram do mais essencial de toda sua existência: sua própria essência, nossa velha infância.
#euarenata

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