terça-feira, 25 de outubro de 2016

Dieta das palavras




A alma também precisa optar por um cardápio gramático diário para ser adotado na rotina da sua dieta comunicativa. 

Seja fit, apenas se for para falar o essencial.

Seja guloso, só se for para encher de elogios.

Nutra a sua autoestima com mais amor.

Vomite os maus pensamentos para fora da sua mente.

Diga o que você pensa, sempre. Mas só se não ficasse intoxicado, caso fosse você quem tivesse de escutar o que tem a dizer.

Preocupe-se confeitando tal preocupação com a doce gentileza. 

Seja ácido, apenas se envolver humor cômico. Nunca humor negro - um tempero que, por si só, já é muito ácido. Diria até, descartável.

Nas suas palavras? Junte ingredientes saudáveis como bom dia, por favor, obrigado. Pode abusar no obrigado! Faz muito bem!

Não tenha pressa em falar rápido. Quem tem pressa, fala cru.

Também não guarde para si palavras que poderiam ter sido ditas antes. Você pode se queimar depois, de tanto que deixou assa-las.

Engorde-se de paz de espírito.

Faça uma rigorosa dieta de tudo que te faz passar mal. E não estou me referindo somente a comida. 

Feche a boca mesmo, se tiver o ímpeto de falar mal de alguém. Palavras são como bumerangues: vão leve como a brisa e voltam pesadas como a tempestade, te acertando em cheio com muito arrependimento.

Arrote alegria! E bem alto!

Engula somente o egoísmo, o desrespeito, o orgulho ferido. Nunca, sapos.

Fale sempre, escutando.

Escute sempre, se calando.

Diga a verdade, sempre.

Principalmente?

Para si mesmo.

Mentir para os outros é um veneno.

Mentir para si mesmo?

É se envenenar.

#euarenata

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