quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Força Chape


Um dia estamos aqui. Vivendo. E no outro, do nada: desaparecemos.
Prefiro me convencer de que simplesmente sumimos desse plano, com o propósito de reaparecer num outro mais evoluído.
Desapegado de vaidade, de materialidade.
Viramos um ponto de luz numa constelação de almas incontestavelmente iguais, integralmente unidas.
Pela nossa já presente energia, que passa a ser propagada pelo espaço que abre caminho para nosso interior brilhar livremente, assim que nos desvencilhamos do peso do nosso corpo.
Um fardo para quem fica. Enterrar, cremar um corpo.
Pessoas choram por ele, pelo ser que não é mais. Cuja vida se foi: daqui. Sem nos ser concedido qualquer tipo de aviso prévio.
Quero acreditar que tudo continua, só que num outro lugar. Daí minha relutância em publicar uma tela toda preta, fazendo alusão a luto. Me remete à escuridão.
E quero crer que ao esvairmos fisicamente desse plano, tudo que vemos espiritualmente é luz.
"Just Live", diz a foto aqui representada na tatuagem de um batimento cardíaco. Nosso relógio vital. Que determina o quanto viveremos por aqui.
Quando para, para tudo.
Só que o coração não dita como iremos viver. Apenas viva, sugere a foto.
Viva. Não sobreviva.
Sobreviver é viver aquém do que a vida pode proporcionar.
É subestimar sua fragilidade.
É desvalorizar seu bem mais precioso.
Só de abrir os olhos e (re)começar o dia? Viva.
Só de poder sorrir ou chorar? Viva.
Só de poder abraçar ou beijar?
Viva.
O agora. Cada batimento cardíaco.
Mas não viva como se fosse morrer amanhã, com pressa de fazer tudo ao mesmo tempo. Nem tão devagar, com desdém, como se fosse viver para sempre.
Não se preocupe em ser o mais rico do cemitério,
Ou o dono da razão do necrotério,
Nem o defunto mais sarado.
Apenas, viva. O melhor de si.
O melhor do agora.
Na (sua) melhor companhia.
Pois como dizia Charles Chaplin: "A única coisa tão inevitável quanto a morte, é a vida".
#euarenata 

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