Qual é o
tamanho da sua força? Força de vontade. Para se levantar da cama num dia
chuvoso, trabalhar, cuidar do seu filho. Para redimir e perdoar. Para confiar e
não julgar. Força. Para amar. Para tentar ser positivo. Para enfrentar as
adversidades do seu dia-a-dia. Um trânsito pesado. Uma doença. Uma paranoia.
Uma demissão. Força para sobreviver. Para o coração bater - com força. Força
para superar uma traição. Uma malcriação. Uma conspiração. Uma perda. De um
ente querido, de um amigo. Para a morte, ou para a vida. No primeiro caso, algo
imprevisível; difícil de aceitar. No segundo, inexplicável; difícil de
entender. A morte é certa, só não se sabe quando irá acontecer. No entanto, se desconectar
voluntariamente de alguém que, até então, era tão conectado contigo, é algo que
o faz realizar o quanto as amizades são efêmeras. Poucas são as que permanecem
firmes e em sintonia por gerações afora. É preciso de força para apostar em
amizades mais sólidas e verdadeiras. De força, para simplesmente seguir
adiante. Uns passam por mais provações que outros, seja para manter o equilíbrio
do ciclo da vida, seja por uma questão de carma. Uns estão fadados a sofrer
mais que outros. E precisam de uma força interna e externa - eu diria, divina - ainda
maior, para conseguirem dar a volta por cima. O que acaba tornando-os ainda mais
resistentes aos imbróglios da vida. É preciso de força para ter orgulho de si
mesmo. Orgulho dos outros. Força para acreditar e ter fé. Força para ter a
certeza de que, embora tudo esteja ruim, uma hora tudo ficará bem. Força para
admitir que já se sentiu a pior e mais feia pessoa do mundo. Tudo é uma questão
de fortalecer a autoestima. Medos, fraquezas, derrotas, não deviam fazer parte do
vocabulário da vergonha, já que constituem o combustível vitalício da força. É imprescindível
fazer esforço, superar os seus limites, para se tornar mais forte. Inabalável,
invencível, invulnerável. Como o Rambo, o Conan e o He-Man. Nesse clima de “no pain, no gain”, me fortaleço, incorporando
uma super-heroína. Então grito, firme: “_Pela honra de Grayskull, eu sou She-ra!”. E
assim como o He-Man, “_Eu tenho a força!”. Não deixa de ser uma musculosa e
imponente convicção para ajudar a combater os malignos vilões - vulgo, problemas - da vida.
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
Infinito Ensaio Fotográfico
(Foto: Daydream Fotografia)
Tem gente que gosta de investir em bolsas caras... Outras, em ações na bolsa... Tem gente que o olho brilha quando vê um Christian Louboutin, e outras piram com uma carteira Louis Vuitton. Já eu, troco tudo isso por momentos. Momentos congelados no tempo. Melhor dizendo, fotos. Duas coisas que gasto dinheiro sem pestanejar: viagens e fotos. Lembranças que carregarei para sempre comigo, sem me preocupar em sobrecarregar o espaço do meu armário de lembranças vividas. Sempre há lugar para um novo momento no meu book de ensaios fotográficos da vida. Não há nada mais revigorante do que captar um momento marcante. Um sorriso sincero. Um afago no ouvido. Um olhar destemido. Carão. Bocão. Dar uma de mulherão. Sentir tesão. Em você, no seu parceiro, na vida. Alimentar a chama da rotina. Pessoas perguntam: por que gastar tanto num ensaio de fotos? Por que não, indago? Afinal, é possível atribuir valor ao segundo, minuto, dia vividos? Creio que não. São bens intangíveis. Não têm preço, assim como o que se compra com o Credicard. Momentos. Passados juntos do seu amor eterno. Da sua família. Dos seus filhos. Dos seus amigos. Em lugares comuns ou incríveis. Momentos. Meus, seus, de todos. Com saúde, então! Por que não? Guardar, captar aquele instante fantástico numa moldura. Já perdi as contas de quantos ensaios fotográficos participei na minha vida, sem perder a convicção de que sempre continuarei viciada em fotografia. Ensaios profissionais, ensaios ao acaso. Não tem como investir em ensaios caros? Invista em você! Pegue uma máquina qualquer, coloque no timer, e voilá: temos um momento presente, embrulhado no papel de presente. Recomendo a todos passar por um momento desses. Arrumem-se no melhor estilo “dress to impress” e compartilhem a experiência com alguém que se ame. Invista o seu tempo num ensaio, público ou íntimo. O que importa é se aproximar – de você, do outro. E “clic” – registrar esse momento único. Nenhum momento é igual ao outro. Nenhuma pessoa é mais bela que a outra. Cada um com seu charme, sua própria luz e personalidade. Enlaçados pelo momento. Está aí a magia da fotografia. Portanto, posicione-se de frente para a lente, e sinta-se feliz. Sexy. Imponente. Abrace a vida. Não há Viagra que o deixe mais para cima do que levantar a própria autoestima. Enquanto a minha existência permitir, sempre vou investir na minha coleção predileta: recordações emolduradas no papel fotográfico. A bolsa cara? Fica velha. O sapato estiloso? Sai da moda. Já o momento, sempre está acontecendo, a todo instante. Apenas aguardando para ser aprisionado na sua memória fotográfica. Para sempre.
Tem gente que gosta de investir em bolsas caras... Outras, em ações na bolsa... Tem gente que o olho brilha quando vê um Christian Louboutin, e outras piram com uma carteira Louis Vuitton. Já eu, troco tudo isso por momentos. Momentos congelados no tempo. Melhor dizendo, fotos. Duas coisas que gasto dinheiro sem pestanejar: viagens e fotos. Lembranças que carregarei para sempre comigo, sem me preocupar em sobrecarregar o espaço do meu armário de lembranças vividas. Sempre há lugar para um novo momento no meu book de ensaios fotográficos da vida. Não há nada mais revigorante do que captar um momento marcante. Um sorriso sincero. Um afago no ouvido. Um olhar destemido. Carão. Bocão. Dar uma de mulherão. Sentir tesão. Em você, no seu parceiro, na vida. Alimentar a chama da rotina. Pessoas perguntam: por que gastar tanto num ensaio de fotos? Por que não, indago? Afinal, é possível atribuir valor ao segundo, minuto, dia vividos? Creio que não. São bens intangíveis. Não têm preço, assim como o que se compra com o Credicard. Momentos. Passados juntos do seu amor eterno. Da sua família. Dos seus filhos. Dos seus amigos. Em lugares comuns ou incríveis. Momentos. Meus, seus, de todos. Com saúde, então! Por que não? Guardar, captar aquele instante fantástico numa moldura. Já perdi as contas de quantos ensaios fotográficos participei na minha vida, sem perder a convicção de que sempre continuarei viciada em fotografia. Ensaios profissionais, ensaios ao acaso. Não tem como investir em ensaios caros? Invista em você! Pegue uma máquina qualquer, coloque no timer, e voilá: temos um momento presente, embrulhado no papel de presente. Recomendo a todos passar por um momento desses. Arrumem-se no melhor estilo “dress to impress” e compartilhem a experiência com alguém que se ame. Invista o seu tempo num ensaio, público ou íntimo. O que importa é se aproximar – de você, do outro. E “clic” – registrar esse momento único. Nenhum momento é igual ao outro. Nenhuma pessoa é mais bela que a outra. Cada um com seu charme, sua própria luz e personalidade. Enlaçados pelo momento. Está aí a magia da fotografia. Portanto, posicione-se de frente para a lente, e sinta-se feliz. Sexy. Imponente. Abrace a vida. Não há Viagra que o deixe mais para cima do que levantar a própria autoestima. Enquanto a minha existência permitir, sempre vou investir na minha coleção predileta: recordações emolduradas no papel fotográfico. A bolsa cara? Fica velha. O sapato estiloso? Sai da moda. Já o momento, sempre está acontecendo, a todo instante. Apenas aguardando para ser aprisionado na sua memória fotográfica. Para sempre.
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
Hashtag Eu, Tu, Ele
O nome deste blog é Hashtag Eu, a Renata, mas a minha intenção ao denomina-lo assim, não era para simplesmente fazer referência à minha graça. Era humaniza-lo. Aproxima-lo de vocês, todos os "Eus" existentes por aí. Quero que quem leia este blog, sinta-se acolhido numa casa sem frescuras, convidativa, alegre. Cheia de atrativos e quitutes. Quero que o título seja visto como "Hashtag Eu, a Andriana", "Hashtag Eu, a Diana", e, por que não, "Hashtag Eu, o João"? Aqui não existe extremismo ideológico. Neste ambiente não se levantam bandeiras da opressão, apenas uma singela opinião. Sobre tudo um pouco. Um pouco de tudo. Pode haver críticas, sim, mas sempre com janelas abertas a uma segunda, terceira... Décima opinião. Criticas aqui, sempre construtivas, nunca destrutivas. Por isso, manifestem-se, façam reforma nos cômodos, pintem uma parede, decorem da maneira que lhes deixarem mais contentes. A casa é sua! Quem sempre também marcará presença nas crônicas alegóricas do desfile alfabético do Blog, serão os protagonistas Amor, Bondade, Curiosidade, Determinação, Equilíbrio, Fé, Gratidão, Honestidade, Igualdade, Justiça, Km, Liberdade, Música, Natureza, Orgulho, Paciência, Quando, Riso, Saúde, Transparência, Universo, Vida, Watt, Xadrez, Yang, Zen. Palavras que aprecio, em função do peso no seu significado. Umas, óbvias ao ler, outras que preciso explicar melhor, para fazerem sentido. "Km": a princípio parece ser algo totalmente fora do contexto, mas pense na profundidade que essas duas consoantes juntas, representam: nada mais, nada menos, o tanto que iremos percorrer de caminho, ao longo da vida. Nesse sentido, creio que ninguém se importaria de ser taxado como "bastante rodado". "Watt" é atrelado à intensidade, força emanada pela energia. "Xadrez", para mim, trata-se de um lembrete que nós mesmos é quem criamos as nossas próprias prisões. Liberte-se do seu xadrez, antes que você mesmo se auto-sabote e jogue a chave da porta fora. Já "Yang" significa "luz intensa" na filosofia chinesa. Junte o trio Km, Watt e Yang num triângulo amoroso, e você terá vivido uma intensa e iluminada vida longa. De preferência, fora do Xadrez. Por fim, mas não menos importante, decidi deixar o "Quando" por último, não à toa. Pois sempre queremos saber onde o Quando se encontra e em que momento esse - aparentemente sempre "atrasado" - Quando irá aparecer. São questões que martelam diariamente as cabeças de inúmeros: "Quando irei ganhar aquela promoção?", "Quando vou perder peso?", "Quando vou conseguir comprar a minha casa própria?", dentre diversas indagações pleiteando a presença imediata do Quando. Difícil aguarda-lo. Não é à toa que ficou alocado entre a Paciência e o Riso. Para o Quando acontecer, tem que se ter Paciência. E assim que o Quando resolver aparecer, trará junto o Riso, por trás de um belo sorriso, acompanhado da recompensadora Gratidão. O Quando sempre dá o ar da sua graça no Km certo, em consonância com a ordem alfabética das nossas vidas. Por isso, recebo com Orgulho e senso de Igualdade, todas as palavras, nomes, pessoas. Sem elas, este Blog não existiria; órgãos vitais do seu respectivo corpo virtual.
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
Existo para mim
“Penso, logo existo”, assim
declarou Descartes. A contrario sensu, se eu não pensar, não existo. Ao menos,
para o filósofo iluminista em comento. Quando digo não pensar, significa agir sem
ponderar. Então a minha existência passa a ser relativa. Ela é condenada à
morte, mesmo eu ainda estando onipresente. Confesso que diversas vezes na minha
relativa ou não existência, simplesmente
deu uma enorme vontade de chutar. O balde, o pau da barraca, a bola de futebol
americano. Representado todos, a razão. Deu vontade de chutar a razão, quinhentas
jardas à minha frente. Touchdown para
a Renata! Penso que pessoas que racionalizam demais, agem de menos. Sempre
buscam desculpas para não se comportarem, agirem, amarem, de determinada
maneira considerada - aparentemente - fora do âmbito da conveniência social. Parecem mais robôs equipados
com chips de emoção programados para serem acionados estritamente de acordo com
o disposto no disco rígido e inexorável do seu cérebro. Quadrado. Como um
tabuleiro de jogo de xadrez, onde todas as ações são pensadas, sopesadas,
prevendo a próxima jogada do oponente. Até o momento em que
uma simples distração os coloca em xeque-mate. Opa. O que fazer nesse momento, em
que o seu software se encontra emocionalmente defasado? Putz, eles esqueceram de fazer o
download da última versão da teoria da lei universal de que toda ação, gera uma - instantânea - reação. Então surge um bloqueio absoluto que os impede de seguir adiante. Pois não sabem
como agir sem ser com base na razão. Como explicar um milagre? Como discorrer
sobre a fé? Como acreditar em algo que não se vê? Tudo tão subjetivo, sem embasamento
racional. A razão é bacana quando ela anda de mãos dadas com o bom senso: para
se levar a vida com o mínimo de razoabilidade. Mas é um saco quando ela acaba sendo sempre a
sua única opção de escolha. Pois se torna a porta de entrada de todas as
cobranças relativamente existentes: emocionais, físicas, financeiras.
Internas, externas. Existe um padrão estabelecido - intrinsecamente –
pela sociedade, a ser seguido. Eu não o vejo. Mas em nome da razão e do bom
costume, é assim que eu fui programado para agir. Tenho essa dívida social contraída desde o
berço, que devo pagar com juros altíssimos ao Banco Imobiliário do Jogo da Vida.
Tem uma música da Alanis Morisette que retrata bem essa situação: se chama “Perfect". Diz que sempre temos que nos esforçar para sermos melhores. Para
ganharmos, assim, o amor dos outros. Para as pessoas sentirem orgulho da gente.
Não podemos decepcioná-las. Não podemos deixar de ficar, sempre, em primeiro
lugar. Uma eterna competição decorrente de um jogo olímpico de vaidades que eu sequer pedi para
participar, em primeiro lugar. Em outras palavras, parece que a nossa vida se
resume em ter que agradar aos outros. Pensar, para existir – de fato - perante
os outros. Se assim for, sou mais agir sem pensar. Viver a felicidade ingênua dos
ignorantes. Vejam os bichos: simplesmente agem instintivamente. E sofrem de
depressão ou problema de autoestima? Creio que não. Prefiro não existir para os
outros, e mais para mim. Existir, nesse contexto de ter que pensar acima de si,
nos outros, implica em persistir, o que te leva, muitas vezes, a desistir. E eu
nunca vou desistir de mim. Muito menos para os outros.
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
Rock in Me
Quando penso em rock, logo me imagino com um Ray Ban, usando uma jaqueta de couro preta cheia de franjas, um jeans surrado, botas, vagando no embalo de uma Harley Davidson vintage, com os cabelos soltos ao vento, e o sol batendo no meu rosto, numa estrada deserta, no estilo Route 66. Ligeira e sem rumo. Vruuuum. Vruuuum. Totally free, na freeway. O som não poderia ser outro senão o "Born to be Wild", do Sttepenwolf. Okay, admito - bem clichê. Mas isso é puro Rock'n Roll. É a boca sedutora dos Rolling Stones. É a cara pintada do Kiss. A língua escrachada do Ozzy Osbourne. Amo, amo, amo. Esse clima de libertinagem inteligente. De rebeldia com causa. Sim, porque o verdadeiro roqueiro, aquele que efetivamente honra a essência do gênero musical em questão, sempre terá uma bandeira para sustentar. Algo para protestar a respeito, com respeito. É explodir sem se partir em mil pedaços. Balançar a cabeça com toda a força para exorcizar todos os demônios. Sai de retro. Só quero sentir o estouro mágico das cifras das guitarras, nos meus sedentos ouvidos. Miau. O rugir de um gato selvagem, enfurecido. A guitarra. Que mais parece o esboço de um corpo nu, sendo dedilhado ferozmente pelo seu respectivo possuidor. Luxúria, orgasmo subliminar. É a revolução do comportamento. A quebra de um padrão. É o dizer sem filtro. É simplesmente não se importar com o que os outros pensam. É ser si próprio, sem dor, nem pudor. Sou fã número um de tudo relacionado ao rock. Som, maquiagem, penteado, roupa... Rock é revolução; liberdade de expressão. Rock é ser autêntico, é estar à frente do seu tempo. É a minha droga. Meu universo sensorial. Não vivo sem ele. "I love Rock'n Roll, so put another dime in the judebox baby". Oh, yeah!
domingo, 27 de setembro de 2015
Um Brinde
Um brinde nunca é demais. Um brinde para o que se tem. Para o que veio e para o que ainda vem. Um brinde pelo simples prazer de brindar. Pois é demais brindar! Por nada. Por tudo. Cheers!
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
Lado B
Não é todo dia que se acorda na
vibe de um encantador comercial de margarina. Todos à mesa, sorrindo e
degustando, unidos, um delicioso e regado café-da-manhã, digno de resort
de luxo. E é exatamente nesse momento, no qual você acordou com um belo pé
esquerdo, que ele resolve se manifestar com sua total e desenfreada intensidade
– o Lado B. É o setor obscuro da sua personalidade arrancando à força, sem
sua permissão consciente, a blindagem da Doriana. Aquela que te deixa massa, bem atrativa, a la parmegiana. Passada como uma pomada de uso externo, para fingir que – absolutamente sempre – está tudo bem. Afinal, é
tabu falar sobre derrotas. Ninguém gosta de ter testemunhas de
suas fraquezas. Tragam-me vitórias, mesmo que sejam estórias inventadas. Me engana que eu gosto. Traia o meus olhos, sem remorso. O meu Lado A se atrai, sem esforço. Tudo é um utópico, belo
e perfeito paraíso virtual. No estilo ilustrativo de Caetano, deitado sobre uma
rede, deixando a brisa bater na vasta cabeleira, assim, com o semblante dele
declarando placidamente: “_Você é linda. Sabe viver...”. Ah, essa (musa) internet. Sabe realmente viver. Mas, será que efetivamente existe alguém que
consiga ser 100% alegre, 24 horas ao dia? Se houver... Não sei se gostaria de ser
assim. Pensa só não realizar o que é a tristeza? Talvez eu nunca daria valor à legítima
felicidade. O seu filho nasceu? Legal. Fiquei tão feliz com essa notícia como com
o fato de eu ter comprado um rolo de papel higiênico lá na esquina. Passou no
vestibular? Que máximo. Eu escorreguei numa casca de banana, olha que bacana. Ué, se sempre estou ha-ha-ha
rindo à toa, me diga como será possível atribuir um valor diferente, a uma sensação que sempre me é indiferente? Tudo é igual. Pro
bem ou pro mal. Para isso, preciso de parâmetros. E aí é que o Lado B indiretamente
me auxilia nesse sentido. Ele escancara para mim o meu lado agressivo. Impaciente. Egoísta. Antissocial.
Intolerante. Insano. Triste. No entanto, tenta se manter 24 horas com um mau humor danado. De tão
amargo, vai acabar sentindo falta daquele doce comercial de margarina. Já ouvi
falar que embora seja o nosso órgão mais inteligente, o cérebro é
demasiado burro quando se trata em enganar sensações. Tudo se resume a impulsos
nervosos. Então se você declarar impulsivamente que o seu dia está uma tremenda porcaria, dificilmente você sairá da lama. Veja que o seu cérebro acredita
ingenuamente em tudo que você diz a ele. Não questiona. Quem faz isso é o
coração. Sabendo que a verdade não veio à tona, ele detona a sua consciência.
Mas como o coração é de manteiga, acaba te presenteando com as coordenadas da eventual emoção do dia. Você escolhe se vai
optar pelo bom senso, pelo drama, ou pela Doriana. Ah, hoje estou triste sim.
Então assuma. Mas não deixe a despretensiosa tristeza ficar vagando nos seus pensamentos por muito tempo,
pois ela vai acabar convidando a depressão para lhe fazer companhia. Aí
essa temida parceira, vai deixar a sua cabeça com ainda mais asneira. Já, se você começar a
mentalizar que apesar de tudo ter dado errado, uma hora vai ficar tudo bem, é
incrível como o seu cérebro se engana fácil... E passará a se sentir assim
também! É a felicidade instantânea, a la Nissin Miojo. Acompanhada, então, da
Doriana, hum... Mata imediatamente a fome da sua autoestima. Mas, cuidado: é
uma felicidade pobre em nutrientes, e consumida rapidamente. Por isso, seja
Lado A, seja Lado B. Mas, antes de tudo, seja você. Pode-se enganar a todos para sempre. Nunca a si mesmo, por muito tempo.
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