Enquanto houver luz,
Sempre haverá escuridão.
Enquanto houver bem,
Sempre haverá mal.
Enquanto houver sucesso,
Sempre haverá inveja.
Enquanto houver verdade,
Sempre haverá mentira.
Enquanto houver saúde,
Sempre haverá doença.
Enquanto houver caráter,
Sempre haverá alguém que o corrompa.
Enquanto houver originalidade,
Sempre haverá alguém que a copie.
Enquanto houver personalidade,
Sempre haverá alguém vazio.
Enquanto houver determinação,
Sempre haverá alguém inerte.
Enquanto houver ousadia,
Sempre haverá covardia.
Enquanto houver respeito,
Sempre haverá preconceito.
Enquanto houver política,
Sempre haverá corrupção.
Enquanto houver prosperidade,
Sempre haverá ganância.
Enquanto houver vida,
Sempre haverá morte.
Enquanto houver opinião,
Sempre haverá alguém contra.
Enquanto houver caridade gratuita,
Sempre haverá alguém que a faça esperando algo em troca.
Enquanto houver união,
Sempre haverá segregação.
Enquanto houver felicidade interior,
Sempre haverá tristeza alheia.
Enquanto houver solicitude,
Sempre haverá solidão.
Enquanto houver motivação,
Sempre haverá conformismo.
Enquanto houver curiosidade,
Sempre haverá ignorância.
Enquanto houver quem se garanta,
Sempre haverá competição por parte de quem não se baste.
Enquanto houver carisma,
Sempre haverá gente com problema de autoestima.
Enquanto houver empatia,
Sempre haverá egoísmo.
Enquanto houver paciência,
Sempre haverá resiliência.
Enquanto houver gratidão,
Sempre haverá o suficiente.
Enquanto houver fé,
Sempre haverá perdão.
Enquanto houver amor,
Sempre haverá salvação.
Enquanto houver um caminho a ser seguido,
Sempre haverá dois lados,
E enquanto houver escolha,
Sempre será sua.
Somente sua.
#euarenata
sexta-feira, 4 de agosto de 2017
Enquanto isso...
Ansiedade
Ansiedade.
Terrível enfermidade que acomete a humanidade.
Que gradativamente se acentua com o crescente avanço da modernidade.
Eis que tudo tem acontecer para ontem,
Problemas têm que sumir de vez.
E o êxito deve ser alcançado mais rápido que a velocidade da luz.
Os efeitos colaterais dessa brutal corrida contra o tempo,
Contra si mesmo,
Não poderiam ser nada diferente,
De ânsia de vômito,
Dor no corpo,
Síndrome do pânico.
A ansiedade toma conta de todo tipo de gente.
A questão é: como absorvê-la?
Impactando sua vida?
Num nível máximo de intensidade de absorção?
Detonando com o mínimo de bom senso, autoestima?
Momentaneamente?
Permanentemente?
Você a deixa ir do mesmo jeito que veio,
Num rompante,
Passageira?
Ou ela é absorvida lentamente,
Somatizando seus os anseios,
Como um câncer prestes a explodir?
Um trabalho que não aparece,
Uma doença que não cura,
Um relacionamento que se arrasta.
A ansiedade te prende com suas expectativas elevadas,
Através do medo inicial de se frustrar depois.
Receio do que irá acontecer?
Do que outros irão falar?
Irônico pensar que apesar da ansiedade sempre demandar uma resposta imediata de tudo para tudo,
Ela paralisa.
Pois existe a ânsia de se ter controle sobre o que não pode ser controlado.
Peçonhenta ansiedade,
Que contamina sua percepção em relação a tudo de si,
A tudo de todos.
Nascemos ansiosos, mas apenas muito depois da infância percebemos que tal sensação sempre foi a bruxa que nos aterrorizou nos nossos mais íntimos contos de fadas,
Nos sonhos que deveriam ter se tornado realidade.
Só que ao aceitarmos morder a maçã vermelha envenenada,
Oferecida pela ansiedade camuflada por trás do disfarce de instinto de autopreservação,
O final da história sempre culmina no nosso desmaio nos braços do desespero,
Assombrados pelo mesmo pesadelo de sempre:
O do medo de falhar.
Então nos deparamos com a realidade de que não existirá final feliz que dependa de príncipe encantado para nos salvar da profunda paralisia causada pelo veneno fruto da nossa ansiedade,
Só a gente pode se salvar do mal que fazemos a nós mesmos.
#euarenata