segunda-feira, 8 de maio de 2017

Bem te vejo


Olá bem-te-vi,
Tão imponente do topo da frondosa amendoeira!
Gratidão...
Por poder te ver,
Por acreditar que tudo faz parte de um grande milagre,
Pássaros,
Flores,
Cores...
Então enquanto você está aí piando o seu canto que lhe nomeou,
"Bem-te-vi... bem-te-vi"...
Desponta a primeira estrela da noite que timidamente dá o ar de sua graça,
Num céu abertamente azul,
Extensamente límpido,
Daquele, típico da estação de outono.
Assim aparece uma única estrela,
Me encarando,
Distante,
Bem brilhante,
Um olhar caolho,
Divino,
Você está me enxergando direito aí de cima, estrela?
Ou seria Deus?
Pisca uma vez para dizer que sim.
Ele pisca inúmeras vezes,
O olho de Deus.
Que aparece personificado num único corpo celeste emissor de energia,
Um espetáculo à parte,
Dotado de luz própria, 
Brilho incandescente,
Encarando em voo solo, 
Lá de cima,
Diretamente do espaço sideral,
A sua,
A minha,
Singela existência.
Então brotam mais duas, três, milhões de estrelas,
Observando e comovendo com a sua deslumbrante ímpar beleza,
Todos os bilhões de indivíduos que existem por aí.
Uma estrela para cada um,
Deus nos vigia,
Nos guarda,
Nos protege,
Materializado na crença de cada um,
O acompanhando de longe,
Lá de cima,
Bem de perto,
O enxerga,
Exatamente como você é,
Único,
Como cada singular estrela do universo: cada qual com o seu próprio brilho exclusivo.
E nunca, em hipótese alguma,
Tirando seu olhar celestial,
Cuidadoso,
Presente,
Sobre a gente.
Não à toa insiste o seu mensageiro alado, o bem-te-vi:
"_Bem-te-vi".
"_Bem, te vejo", complementa a estrela.
"_E muito bem. Daqui, dali, de qualquer lugar."
#euarenata



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