Vampiros.
Viver eternamente diversas vidas numa vida só.
Desfilar pelos quatro cantos do mundo a beleza estonteante que lhe é peculiar, diria hipnótica.
Que enlaça a alma até do religioso mais crente ou do laico mais cético.
Ser que transborda sapiência das mais diversas culturas.
O meu vampiro?
Não é um monstro sanguinário com caninos avantajados exibidos ao esmo.
O vampiro que idealizo?
Não suga vida; promete mais vida na vida.
Ele sabe que pode cumprir com qualquer promessa.
Ele pode tudo.
Pois não só lê mentes.
Ele lê qualquer um, por inteiro.
E o domina, redigindo você, da forma e na fôrma que desejar, conforme seu bel-prazer.
Já teve tudo.
Tem você.
E ainda quer mais de tudo que ainda resta.
Sua sede de viver não passa.
Ela é eterna assim como sua própria existência.
Tal como sua arrogância.
A arrogância da juventude.
A juventude que nunca teme.
Não sofre.
Aquela, dona de qualquer verdade.
A que nunca desiste.
Talvez se traduza numa espécie de instinto de sobrevivência, a arrogância do jovem.
Que mantém sua chama quente.
Fazendo-o seguir em frente.
O medo?
Não o abate como com a maioria.
Que teme perder alguma coisa, alguém.
O jovem?
Não tem nada a perder.
Pois sabe que viverá para sempre, mesmo que em outra vida.
Assim como o vampiro.
Que vive o momento, pois sabe que nada além da eternidade o aguarda.
Pra quê perder tempo com problemas do passado ou ânsias do futuro?
Nunca.
Ele simplesmente vive.
Beija.
Diverte-se no meio de Garotos Perdidos.
Se revela numa Entrevista com Vampiro.
Faz juras de amor eterno, para a bela menina no Crepúsculo.
Reverencia humildemente a épica perspectiva do Dracula de Coppola.
Vampiros são mortos que vivem.
Muito melhor do que muita gente viva que se mata a cada instante.
Que vive como mortos a vida que poderia viver como vampiros: eternamente presente no presente.
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