Se existe algo que me define é a eloquência.
Não estou me referindo à capacidade de persuadir ou a de possuir uma boa expressão oral ou escrita, mas a de sentir tudo ao extremo, nunca adotar uma atitude meio termo.
Não que eu seja emocionalmente desequilibrada, mas nunca serei morna. Nem fria. Sempre estarei em ponto de ebulição, me controlando para não provocar uma explosão. Um tipo incomensurável de controle que foi se aprimorando com o desenvolvimento vagaroso da maturidade.
Não é por menos que sempre me deslumbro com filmes que pregam o amor cego, eterno, daqueles que podem somente existir em filmes, mas que te inspiram a ser uma amante mais vibrante, pungente, iludida. E a ilusão, por incrível que pareça, muitas vezes é melhor que qualquer remédio para combater a depressão, aprendi outro dia num dos filmes do genial Woody Allen. Basta não deixar de fincar, o mínimo que seja, um dos pés no chão.
Sou fã sem medida de músicas de rock desmedidas, caóticas, daquelas que as pessoas se matam para continuar com a outra; não há cifras que me atraem mais, sinto-me como uma mosca kamikaze voando direto e reto em direção à luz que me fará em breve entrar em combustão. Esse é o meu coração, que ama de montão. Que ama a si mesmo, e aos outros sem remorso, sem vergonha, sem limite. Extremista. Ou ama ou odeia. O gelo se derrete em mim.
A música que mais me revela neste momento é "Folow You" do "Bring me the Horizon". Dentre frases berradas como "prometo que nunca te deixarei", "mostre para mim o que há nos seus olhos quando não estão brilhando", "estou te dizendo, você é tudo o que vejo" ,"você pode me levar até o inferno, me carbonizar em chamas", " não importa, pois você é o meu oxigênio, eu sou a sua gravidade", "e vou sempre seguir você", "pois estou sob o seu feitiço", "então pode até me arrastar até o inferno", "mas eu vou te seguir" e "ainda irei segurar a sua mão".
Assim sou, a pior e a melhor expressão do amor. Amor envolvente, amor eloquente. Puro amor. #eurenata
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