sexta-feira, 8 de abril de 2016

Por um mundo com mais irmãs, e menos vilãs....


Quem é mulher, levante a mão! Se você foi agraciada com o cromossomo "X" na sua composição genética, parabéns: saiba, desde já, que o mundo está aos seus pés. Que se estiver calçando um salto alto, e dependendo da índole da criatura, então, ou desfilará como uma uber model pelas passarelas do mundo feminino, ignorando solenemente e com elegância a opinião das outras (haja autoestima), ou irá usar a agulha do salto em questão como uma arma para esmagar, sem remorso, a adversária criada na sua distorcida imaginação. 

Digo isso, porque tenho um relacionamento complicado com o meu gênero sexual. Não porque eu goste de maneira afetiva de outras pessoas do mesmo sexo, mas, porque, por vezes, abomino a real essência do meu sexo. Me explico: sinto que trata-se de uma espécie de bullying contra si e terceiros misturado com a drama queen mais dramática de todas, tudo enfiado numa bomba prestes a explodir. 

Basta acioná-la com um olhar atravessado, ou simplesmente dizer a verdade, e BUMMMM, pronto: saiba que acabou de faturar uma inimiga - oculta, a pior de todas. Aquela que quando a encontra, até sorri (amarelo), no entanto, só irá falar sobre as suas próprias vitórias, elogiar os seus próprios feitos, e fará questão de declarar tacitamente que não sente o mínimo de interesse por nada que não seja sobre si própria, seja pelo olhar de descaso lançado, seja pelo tédio emitido pelo som do seu bocejo. Tudo para não admitir, que pelo contrário, ela intimamente até ovaciona tudo que a outra faz ou deixe de fazer. 

O irônico é que aquela que tanto desdenhou, é pega no flagrante no Instagram, usando a mesma cor de batom que tanto esculhambou. Aquela música que ela desmereceu, é do show da banda em que exibe incansavelmente em diversas fotos no Facebook. E aquela bota que ela nunca botou fé, é a mesma que apareceu usando na foto de uma rede social qualquer. 

Fico pasma como o estrogênio em excesso parece estragar o gênio que existe dentro de cada mulher. Por que somos tão competitivas? Por que somos tão falsas? Por que é tão difícil elogiar? Admirar escancaradamente? 

Questiono se esse tipo de comportamento dúbio teria se originado no passado, onde a sociedade era gritantemente mais machista, e as mulheres teriam sido incentivadas a odiarem umas as outras, por uma questão tão absurda, como um casamento arranjado, por exemplo. Sim, porque antigamente o importante era casar a filha com um bom partido. 

E vamos ser francas, quanto menos concorrentes, melhor? Certo? Er-ra-do! Minhas queridas irmãs de alma, lindas, deslumbrantes, prestem atenção: todo jardim tem uma flor diferente, que convive pacificamente, com todo tipo de semente. E para cada flor, existe uma quantidade exorbitante de abelhas, beija-flores e borboletas que pousam, beijam e acariciam cada uma dessas formosuras, que são únicas, na sua cor, no seu cheiro, na sua textura. 

Somos a mão que balança o berço, a mão que cruza os dedos, somos o “X” da questão. E essa questão deve ser respondida com muito menos críticas, principalmente se não forem construtivas. 

Vamos elogiar abertamente umas às outras! Vamos torcer pela felicidade das outras! Imitemos, sim, umas às outras! Qual é o problema? É tão legal se espelhar em alguém que te faz bem! Vamos espalhar dicas, presentes, sementes do amor retirando conjuntamente todo esse abominável lixo comportamental do nosso encantador e colorido jardim, que é o universo feminino. Nosso próprio jardim secreto. Mas que de hoje em diante, passe a ser politicamente correto, repleto de afeto. #euarenata

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