segunda-feira, 4 de abril de 2016

A cada escolha, uma renúncia


"A cada escolha, uma renúncia", já dizia o saudoso grupo Charlie Brown Jr.. Nada mais verdadeiro do que tal assertiva. Pois se assim não o fosse, não existiria o outro dito popular "mais vale um pássaro na mão, do que dois voando" para corroborá-lo. 

Tudo se resume a uma simples regra de conduta, aquela que deve tirar diaramente o sono dos mais gananciosos, qual seja, a do "não se pode ter tudo. De tudo". 

É possível viver em equilíbrio com um pouco de tudo. Mas nunca, veja bem, nunca, tudo de tudo. Aquele que trabalha demais, certamente terá saúde e família de menos, aquele que trabalha de menos, provavelmente terá mais família, e possivelmente menos dinheiro. 

Existem também aqueles que não trabalham, não têm saúde e não têm família. Seja porque nasceram em berço de ouro e vivem de renda, seja porque até foram agraciados com parentes, mas vivem sozinhos, por opção. E como dizem que o "ócio é a oficina do diabo", certamente lhes faltará o mínimo de sanidade necessária para lidar consigo e até com os outros. 

A questão é que somos obrigados, desde cedo, a escolher. Você quer usar vestido ou short? Estudar e passar de ano ou vacilar e levar bomba? Beber ou dirigir? Ser biólogo ou engenheiro? Quer comer arroz ou macarrão? Só existe uma resposta para cada pergunta da prova existencial de múltiplas escolhas da vida. 

É sabido que bom caráter não anda de mãos dadas com o crime, assim como não se pode ter um filho sem ser mãe. Cabe a escolha de ser correto, assim como a opção de ser presente ou ausente. Dependendo do caminho a ser seguido, implicará em consequências, boas ou ruins. 

Não se pode possuir a flor mais bela, se ela não estiver plantada num jardim. 

Não se pode ter um grande amor se não for exclusivo. 

Não se pode ser atleta se não fizer exercício. 

Não se pode comer besteira, se quiser ser referência de (imposto pela sociedade) padrão de beleza.

Não se pode fumar, se quiser um pulmão limpo. Não se pode ser feliz por fora se é infeliz por dentro.

Não se pode ser meio amigo. Deve ser de lado, de frente e, principlamente, nas suas costas. 

Tal como água e óleo não se misturam é assim querer ter tudo de tudo. O tudo não se mescla com o máximo. #euarenata

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