quarta-feira, 20 de abril de 2016

Eu assumo


Assumir. 

Avocar para si. 

Tornar público.

Reconhecer. 

Assumir um erro.

Uma arte. 

Uma cor. 

Uma dívida.

Um filho. 

Uma opção sexual. 

Antes de assumir algo, quase sempre bate aquela vontade de sumir.

De ser engolido pelo profundo buraco negro da nossa existência e acompanhar os demais como um robô conduzido pela casualidade, desprovido de qualquer ambição, pois é mais fácil ser igual do que diferente. 

Mas qual é o conceito do diverso? 

Nada será aceitável em sua total amplitude pois sempre existirá a impaciente Intolerância acompanhada do perverso julgamento que conduzem o carro-chefe do supostamente considerado senso comum, um fantasma que assusta até o mais cético de todos.

Que reside inconscientemente numa casa mal-assombrada da conveniência, apenas para manter a aparência. Tudo gira em torno de imagem, então ai de você se ficar em desvantagem. 

Porém, seja uma sumidade e reconheça que existe apenas uma chance de assumir com a destreza de um cowboy articulado as rédeas do seu próprio destino. 

Pois quando se cai do cavalo é muito provável que a besta parta atordoada, em disparada, na direção do vácuo da incerteza, levando consigo toda a coragem de assumir a sua vida por inteiro. 

Portanto, assuma-se, antes de levar mais um coice da autocrítica. 

Cavalgue sem receio, livre, no seu interior. 

Assuma os seus defeitos, corrigindo-os. 

Assuma suas qualidades, aprimorando-as. 

E acima de tudo tenha humildade para assumir uma posição de respeito perante o próximo.

Perante si mesmo. 

Viva e deixe viver. 

Assuma e deixe assumir. #euarenata

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