segunda-feira, 8 de maio de 2017

"Talk to my hand"



"Talk to my hand".
Jargão em inglês, o qual tem por propósito atribuir à mão,
Um membro do corpo dotado de zero inteligência,
A responsabilidade por absorver ou rebater qualquer tempestade de palavras, conceitos, crenças distorcidas ao léu, que estejam vindo forçosamente na sua direção.
Seria uma espécie de escudo ou proteção, materializados, vejam só: na mão.
Dizem tanto para sermos filtros ao invés de esponjas...
Deixar correr ao invés de absorver,
Mas percebam só, o bloqueio, ainda que ilustrativo, formado de imediato pela barreira física da sua mão,
Já elimina de pronto a árdua tarefa de ter que receber o ruim que vem de fora, para aí decidir o que se fazer a respeito: eliminar? Se machucar? Ou simplesmente ignorar?
A melhor das três opções, seria a última, eu diria. 
Pois ouvidos seletivos, poupam o coração.
Já que uma vez escutado, pode ser ressentido, e quando a memória da desilusão se instala num único neurônio que seja, difícil depois se iludir fingindo ser portador de alzheimer emocional.
Porque já fui reprimida inúmeras pelos outros, 
Até por mim,
Que por vivermos em sociedade,
Temos que aceitar cegamente, surdamente, uns aos outros.
E eu não quero.
Só quero aceitar de ouvido aberto quem me enxerga e aceita como sou, abertamente. E vice-versa.
Mas se a minha mão impedir de assimilar,
Algo que eu nunca aceitaria escutar,
Não significa que eu esteja de acordo com aquilo,
O silêncio da minha parte não implica em consentimento tácito quanto ao ocorrido,
Só estou usando a mão para impedir o meu lado agressivo de agir...
Pois a outra opção seria usar a mão para agredir...
A ética determina que nunca, fisicamente.
A não ser que estejamos falando de alguma luta ou prática desportiva.
Mas se esse não for o caso,
Bater em alguém em pensamento, 
Confesso que... Ajuda bastante.
Porque enxergando,
Mesmo que mentalmente,
Qualquer espécie de gente sofrer,
Já te faz sofrer por osmose.
Faz mal fazer mal.
Faz mal assimilar o mal.
Faz mal sofrer pelo mal.
Então para quê bater ou rebater?
Só se for agora:
"Talk to my hand... Bitch!"
#euarenata

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