segunda-feira, 8 de maio de 2017

Nascemos sabendo


Nós sabemos. 
Quando caminhamos vagando pela imensidão truculenta da nossa existência,
Pelas ruas,
Redes sociais, 
Locais ao esmo,
Como devemos agir,
No que devemos pensar,
De que maneira se deve escutar,
A si mesmo,
Principalmente, aos outros.
Errar consigo mesmo é admissível.
Se trair? Pode ser redimido.
Mentir para si próprio? Um vício a ser controlado internamente.
Como exercer tudo isso e mais um pouco, só que, no exterior?
Tamanho é o problema: controlar deslizes, equívocos, caos gerado, do ponto de vista interno para o externo.
Teoricamente, aprendemos desde sempre os 10 mandamentos, as inúmeras regras, os incontáveis valores, a serem seguidos, perseguidos, obedecidos cegamente,
Por todos,
Visando saciar o minimamente esperado pela sociedade.
Entretanto, qual o motivo de existirem tantas discrepâncias, mal entendidos, maldade nesse mundo que chamamos de doce (amargo) lar?
Aprendemos na escola o abecedário,
Em casa, como se portar,
No trabalho, de que maneira lidar com a pressão...
Mas sempre como "indivíduos".
Como um "eu" desatrelado de todos os "vocês" que existem por aí.
Não nos alertam, além da teoria,
Que o meu "eu" receberá como uma notícia dramática,
O que o seu "você"? Nem tanto. 
O que faz o meu "eu" sorrir,
Talvez faça o seu "você" se lamentar.
Somos ensinados a conviver com regras de conduta, etiqueta, 
Mas esquecemos de dizer que a inteligência mais primordial de todas, é a emocional.
De nada ajuda um coeficiente de inteligência altíssimo,
Se deixa a desejar em matéria de coeficiente emocional.
Já que o seu brilhantismo servirá para mero deslumbramento de pessoas comuns, que, talvez, nunca alcançarão o seu patamar de inteligência.
Quiçá, nunca o compreenderão.
Até o odiarão.
Cabe a "você", descer do seu patamar,
O outro "eu" se elevar a você,
E ambos, o "você", o "eu",
Viverem coletivamente,
Respeitando-se, igualmente.
Cada qual, na sua individualidade ímpar,
Do meu "eu".
Do seu "você".
Desde sempre deveríamos ter aprendido, na realidade,
Que o seu "você", também sou "eu",
E vice-versa.
Pois somos nada mais que um conjunto infinito de "eus" e "vocês",
Ligados eternamente por um único pronome de tratamento: "nós". 
#euarenata


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