sexta-feira, 3 de junho de 2016

Maternidade de Verdade


Nem sempre a maternidade a deixará ha-ha-ha rindo à toa. 

Não por culpa da sua prole. Definitivamente não. Mas acredite, por culpa exclusiva sua, mãe.

Ninguém nos ensinou que atrelado a um papel materno, teríamos que adquirir o hábito de trabalhar vinte quatro horas ao dia, sete dias na semana, sem direito a folga, o dom mais desafiador de todos: a paciência. 

Algo que eu, particularmente, praticamente nasci sem. Talvez seja por isso, segundo a filosofia espírita, que eu esteja vivendo nesta vida. Para me aprimorar especialmente nesse sentido. E nada melhor do que ser mãe e ter todos os seus limites frequentemente testados. 

A culpa não é do meu filho de pedir as coisas de forma tão insistente até eu surtar. Por que eu deveria? Ele está demonstrando o seu lado persistente. O meu filho não é culpado se bagunça todos os brinquedos, brincando. Trata-se de uma virtude, ser explorador. Por que me irritar? E quando ele me pergunta três mil vezes sobre o mesmo assunto? É curioso. Por que berrar? 

Aliás, outro dia fui fortemente repreendida por ter urrado com ele por ter tirado a minha mínima paciência, por algo tão mínimo. E quem me chamou à razão foi ninguém menos do que o meu próprio filho, que ao me encarar com olhos marejados, balbuciou em tom de voz trêmulo: "_Não grita comigo mamãe." Ele não berrou, simplesmente encarecidamente pediu que eu parasse de fazer escândalo. 

Sim, me senti a pior espécie de ser vivo do universo. A mais descompensada de todas. Uma larva fétida talvez teria tido um comportamento mais amável. 

Como poderia conceber que uma criança tão pequena saberia reagir de uma forma escancaradamente mais nobre que uma mulher calejada como eu? 

A ficha caiu. Então a partir desse episódio jurei a ele, dando um abraço bem apertado em volta do seu corpinho frágil, que nunca mais iria gritar com ele. 

Educar uma criança não requer comoção, apenas atenção. E educação por parte dos pais somada a um mínimo de sensibilidade, então, o que mais o seu filho poderia desejar? Aprender contigo o mesmo exemplo de vida ensinado para mim, através da pureza de um menino de dois anos de idade: que nunca é demais agir cordialmente, em qualquer tipo de ambiente #euarenata

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