domingo, 31 de janeiro de 2016

Corrente Elétrica


Energia. Somos todos feitos de energia. 

Querendo ou não estamos entrelaçados uns com os outros numa corrente elétrica que alterna entre a frivolidade e a humildade até a ocorrência do último apagão. 

Tudo  que lançarmos ao acaso - seja bom, seja ruim - regressará na figura de uma maria fumaça descontrolada, que inevitavelmente colidirá com a nossa existência, deixando para trás o irrefutável fumegante rastro do indício da tão aclamada conspiração do Universo, que poderá agir ou não a nosso favor, dependendo da postura que decidirmos adotar: o da carga positiva ou negativa. 

Ao assumir uma conduta qualquer, lembre-se de acender a lâmpada da consciência e não se esqueça de ponderar o seguinte: nunca estaremos solitários ao enfrentarmos as consequências dos nossos atos. 

Seremos conjuntamente eletrocutados pela dor de sermos nós mesmos ou entraremos em choque pela alegria de todos sermos um só.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

De olho no paraíso


Olho de dentro do meu quarto uma janela repleta de oportunidades excitantes. 

Dias chuvosos me põem em estado de letargia; o sol é a minha vital energia. 

Prefiro observar o lado de fora com olhos esperançosos, sedentos de gratidão, imbuídos da ilusão de que todo momento passado, corrente e seguinte, será mais um dia de sol no paraíso dos meus pensamentos quase sempre tempestuosos. 

Paz itinerante interior


O conceito de paz interior com o qual mais me identifico é sair de férias e entrar no universo paralelo da realidade alheia. 

Culturas diversas, fusos horários diferentes, paisagens majestosas habitando os trezentos e sessenta graus dos nossos movimentos. Viagens cansam, mas te fazem descansar das atividades - muitas vezes massantes - da repetida e respectiva rotina.

Viajar é deixar um legado valioso para a alma. É o melhor investimento de todos, pois podem lhe tirar tudo, menos as lembranças dos lugares que visitou, dos restaurantes que desfrutou, das pessoas que conheceu. 

Que sempre nos ensinarão que embora seja caro viajar, não há preço que pague pela sensação de se sentir vivo - em qualquer lugar do mundo.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Walking through antagonistic valleys


Hovering in between the valleys of lights and shadows, this is me, finding my way in balance with my senses which are constantly switching moods quickly, and encouraging me to as faster as the speed of sound, stand up, try to put myself together and never surrender to the gloomy outlook of mankind.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Living Picture




Paint me like Michelangelo's impeccable masterpiece, I dare to say, in light of the Sistine Chapel's ceiling, make me feel as ludic and fearless as a dark angel reaching my own nirvana, a little piece of heaven... 

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Ser, é ser livre


Somos os filhos da geração da ação. 

Aqui não existe negação, introspecção ou depravação. Tudo é permitido.

Idolatramos quem bem entendermos, amamos instantaneamente, falamos palavrão. Com total liberdade.

Pintamos o cabelo de verde e nos enfeitamos com brincos coloridos de todos os formatos possíveis, nos lugares mais inimagináveis. Sem impedimento.

Tatuamos nossa história, nossa ideologia, na nossa própria pele, eternamente. Livremente.

Graffiti não é mais considerado um mero rabisco, mas a representação de uma das mais belas artes. Arte ao ar livre.

O que antes era taxado como feio ou exótico, agora é bonito, único. Sempre foi, mas somente hoje a maioria prudente passou a enxergar os outros sem julgamento, com mais respeito. Livre de preconceito.

Ser diferente é a essência do ser. É ser livre na marra, sem qualquer tipo de amarra.

Chega de moldes, rótulos, padrões. O tema da vez é liberdade de expressão. Física, racional, espiritual.

Demos adeus à geração Coca-Cola, anarquista, reprimida, para dar boas-vindas à galera fit, nerd, emo, geek, fashionista, artista, miscelânea de personalidades destemidas e autênticas. Livres.

Ouso ser eu mesmo. Sou o que sou. Sem obstáculo.

Fomos libertados da gaiola da hipocrisia desmedida, nos permitindo voar de asas abertas ao encontro da geração da inovação. Da libertação do eu. 

Somos a geração camaleão. Livre de qualquer bordão.

Finalmente ousamos ser diferentes, dentro dos iguais. Sem restrição.

Ser diferente é ser inteligente. Pois é fácil imitar. O desafio é transformar. Sendo um ser livre.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Feliz Recomeço




Se aproxima aquele momento em que as pessoas naturalmente passam a desacelerar dando um basta - mesmo que fictício - no stress nosso de cada dia. 

Sou só eu ou essa sensação de esperança renovada realmente captura a devida atenção de todos? Tudo por causa de um mero calendário de papel, criado por ninguém menos que o próprio homem. 

Ele começa leve, com a promessa de um episódio excitante repleto de ações positivas que automaticamente integrarão a nossa - nova - realidade, chega ao seu epicentro com a realização íntima de que nem tudo que almejamos efetivamente se realiza, e se arrasta num caminho de desilusão até as cenas finais com o pouco de bateria reserva que ainda lhe resta. Mas sempre agarrada nas pernas daquela pontinha de fé quase inquestionável chutando repetidamente a nossa redonda cabeça quase descrente, a certeza de que na próxima Mega-Sena da virada, seremos vencedores de um troféu milionário, ignorando solenemente a estatística que cisma em jogar um balde de água fria nos nossos sonhos, indicando uma probabilidade de acerto quase remota. "Quase", eu disse. Uma chance em um bilhão. 

Uma chance. Que ainda existe, e, quem sabe, persista, e nos tornem pessoas menos pessimistas? E é nessa quase utópica chance que nos agarramos: na aposta naquele cavalo azarão que surpreende com o ganho repentino do Grande Prêmio do Recomeço entregue de bandeja para aquele, que até então, não se considerava tão afortunado.

"_Garçom, um recomeço livre de problemas, por favor!" Basta agraciá-lo com uma gorjeta de muita sorte acompanhada de um bilhete lotérico premiado, para receber de banquete um recomeço aparentemente perfeito.

E quanto àqueles cuja conta da sorte além de ter saído cara, não ganharam - na falsa percepção dos mesmos - nada? Resta agarrarem-se àquelas manjadas resoluções que - vamos ser francos - quase nunca chegam a se concretizar: perder peso com o ganho da idade; buscar a tão procurada felicidade; encontrar um amor para toda a eternidade. 

Passam um, dois, trocentos anos e nos banhamos com a impressão de que a chuva de sorte só rega mesmo a grama do vizinho. Por que será? 

Resposta muito simples: assim como não podemos controlar as condições climáticas alheias, o mesmo se aplica para a sorte. Não temos como determinar o futuro. Um ano não se renovará se nunca vivermos no presente. A resolução, ou seja, a aptidão natural para decidir e manter uma decisão qualquer deve ser ensaiada no agora

O Ano Novo nunca acontecerá de fato, se ficarmos estagnados nas lamentações do passado ou presos à ideia do que pode acontecer adiante. 

O calendário, aquele singelo ímã de geladeira que encaramos com desdém ao longo do ano é uma mera referência de planejamento diário; ele não dita o nosso destino. 

Nós decidimos quando o nosso respectivo "Feliz Ano Novo" irá acontecer. Pausa para reluzentes, alegres e expressivos fogos-de-artifício lançados ao céu: o Feliz Ano Novo começa a cada nascer de sol e se renova a cada fase da lua. Por que deixar, então, uma mera folha de papel decidir isso? 


Um Feliz Recomeço para vocês!